Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E SOCIODEMOGRÁFICO DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS NO MUNICÍPIO DE TERESINA, PIAUÍ
Autores
CAIQUE VELOSO (Relator)
ANA ANGÉLICA OLIVEIRA DE BRITO
LANA DE PINHO RODRIGUES
LORENA UCHÔA PORTELA VELOSO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cultura, política e história da enfermagem no mundo
Tipo Pesquisa

Resumo
A população idosa vem aumentando significativamente desde o início da década de 60, determinando uma mudança na pirâmide etária mundial, caracterizada pela redução da fertilidade e pelo aumento da expectativa de vida das pessoas. Uma das consequências desse envelhecimento populacional é o aumento da prevalência de enfermidades características da terceira idade, o que tem ocasionado modificações no perfil e nas demandas por políticas públicas. Somado a isso, tem-se as dificuldades socioeconômicas e culturais que envolvem os idosos e suas famílias, o que faz aumentar a demanda por instituições de longa permanência para idosos. O presente estudo objetivou descrever o perfil epidemiológico e sociodemográfico de idosos institucionalizados no município de Teresina-PI. Trata-se de um estudo transversal, descritivo e de abordagem quantitativa realizado com 96 idosos moradores de três instituições de longa permanência para idosos do município de Teresina/PI, no período de outubro a dezembro de 2013. Os dados foram coletados mediante a aplicação de um formulário aos idosos e análise de seus prontuários. Observou-se a predominância de indivíduos do sexo masculino (57,3%), com idade média de 74,4 anos, solteiros (46,9%), católicos (79,2%), com ensino fundamental incompleto (33,3%) e alguma fonte de renda (89,6%). Quanto às variáveis familiares, 58,3% dos idosos possuíam filhos e 63,5% não recebiam visitas. Ao serem questionados sobre saúde, obteve-se que a maioria dos idosos (40,6%) apresentou percepção regular a respeito da própria saúde, sendo que 96,9% possuíam pelo menos uma patologia, destacando-se os distúrbios cardiovasculares e psiquiátricos. Neste contexto, constatou-se também um elevado número de idosos submetidos à farmacoterapia (95,8%), sendo que 75% desses idosos faziam uso de três ou mais medicações contínuas. Além disso, foi detectado que 29,2% dos moradores eram tabagistas, 5,2% faziam uso de bebida alcoólica, 59,4% apresentavam alguma dificuldade de locomoção, 53,1% eram sedentários e 66,7% possuíam alguma atividade de lazer. Percebe-se que a pessoa idosa inserida no contexto da institucionalização demanda cuidados integrais que suscitam assistência qualificada dos profissionais que atuam nesses serviços, fazendo-se necessário, portanto, a implementação de políticas públicas de saúde mais focadas nas particularidades dessa população a fim de proporcionar melhoria na qualidade de vida e redução de custos com assistência à saúde.