Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título CONTRIBUIÇÃO DA ENFERMAGEM NA PREVENÇÃO DE COMPLICAÇÕES CRÔNICAS EM INSULINODEPENDENTES
Autores
PRISCILA LAÍS FERREIRA GOMES (Relator)
PATRÍCIA SIMPLÍCIO DE OLIVEIRA
CARLA LIDIANE JÁCOME DE LIMA
MARTA MIRIAM LOPES COSTA
Modalidade Comunicação coordenada
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O Diabetes Mellitus (DM) é uma síndrome heterogênea que ocasiona elevação do nível glicêmico no sangue, tem grande repercussão podendo levar a complicações micro e macrovasculares. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que após 15 anos de doença, 2% dos indivíduos acometidos apresentarão cegueira e 10% deficiência visual grave. Além disso, no mesmo período de doença, 30% a 45% manifestarão algum grau de retinopatia, 10% a 20% de nefropatia, 20% a 35% de neuropatia e 10% a 25% de doença cardiovascular. Desse modo, o enfermeiro, como profissional fundamental da equipe que assiste o paciente diabético, deve assumir a educação em saúde como atividade inerente a sua atuação, agindo diretamente na elaboração de planos de prevenção para as complicações do DM. Objetivos: Identificar o tempo de diagnóstico do DM e descrever as principais complicações crônicas que acometem os diabéticos insulinodependentes. Metodologia: Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa, realizado com 45 usuários diabéticos insulinodependentes cadastrados no programa SISHIPERDIA de Unidades de Saúde da Família (USF) de João Pessoa-PB. A amostra elegida foi por acessibilidade em diferentes USFs, onde os critérios de inclusão adotados foram: ter o diagnóstico de DM; estar na USF no momento da coleta da pesquisa e fazer uso de insulina diariamente. Para viabilizar a coleta de dados foi utilizado um formulário contendo questões objetivas. Resultados: Dos 45 usuários entrevistados, 33 (73,5%) afirmam diagnóstico de DM há mais de 10 anos, 6 (13,5%) entre 5 à 10 anos, 5 (11%) dizem ter a doença entre 2 a 5 anos e 1 (2%) afirma que não sabe. Quanto às complicações encontradas, identificou-se que 34 apresentam problemas na visão, 4 apresentam cardiopatia; 16 têm neuropatia periférica, desses, 4 sofreram amputação e 3 têm lesões nos membros inferiores; 4 são acometidos por nefropatia; 3 apresentam sequelas de Acidente Vascular Cerebral; e apenas 3 não apresentam complicação crônica. Conclusão: Percebe-se que a prevalência de complicações crônicas na amostra estudada é elevada, o que pode ter influência direta com período prolongado de diagnóstico, visto que se não houver um controle eficaz da doença ao passar do tempo, os agravos só tendem a aumentar. Todavia, o enfermeiro deve ter competência e habilidade para auxiliar na prevenção dos agravos, enfatizando a importância do autocuidado, controle glicêmico e qualidade de vida saudável desses pacientes.