Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título A IMPORTÂNCIA DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ACOMPANHANTE NO TRATAMENTO DA CRIANÇA COM CÂNCER
Autores
JOSEIR SATURNINO CRISTINO (Relator)
LÍLIAN DORNELLES SANTANA DE MELO
ARINETE VÉRAS FONTES ESTEVES
DAVID LOPES NETO
DAVID MÁRCIO DE OLIVEIRA BARRETO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: O câncer infantil é uma doença crônica cujo tratamento de escolha é o quimioterápico,exigindo atenção não somente para as necessidades físicas, como também para as necessidades psicossociais, incluindo a atenção e participação do acompanhante. O adoecimento gera mudanças repentinas na rotina de vida, junto a isso ocorre um conflito emocional que envolve não somente a pessoa doente, mas toda a família, assim o diagnóstico de câncer pode ter efeito impactante em ambos. A hospitalização se configura como uma situação de crise que pode interferir na capacidade que os pais acompanhantes têm para dar apoio á criança e para lidar com o ambiente, podendo expressar suas ansiedades na forma de atitudes críticas dirigida à equipe de enfermagem. Se esta não estiver atenta às prováveis razões dessa hostilidade pode gerar conflitos tornando difícil a comunicação entre familiar-equipe. Isto se mostra menos visível em pacientes que têm conhecimento dos procedimentos a serem realizados, pois sempre que o familiar entende o motivo da adoção de certas atitudes torna-se mais cooperativo e menos preocupado. Objetivo: Identificar as dificuldades enfrentadas pelo acompanhante durante o tratamento da criança com câncer. Justificativa: Diante da intenção de promover o princípio da integralidade do SUS, o foco nas vivências de familiares de crianças com câncer torna-se relevante, tendo em vista que se trata de uma doença diretamente relacionada aos sentimentos do ser humano com interrupção frustrante da vida cotidiana. Metodologia: Para entender melhor o familiar acompanhante da criança com câncer foi empregada a escuta sensível, que permite entender seus sentimentos, escolhas e implicações pessoais fazendo uma relação com as palavras expressadas no relato verbal, durante visitas semanais. Resultados: Conclui-se nesse sentido que os profissionais de saúde devem lembrar que o acompanhante faz parte do tratamento, portanto, precisa ser assistido em todos os aspectos, ouvindo os anseios e as necessidades desses familiares para detectar as situações de crise e ajudá-los a contorná-las. Os profissionais de saúde devem saber identificar e reconhecer os sentimentos do acompanhante, frequentemente transtornado por situação adversa como a de doença e suas consequências. A família bem assistida pode ser uma forte aliada na assistência, fornecendo segurança e apoio emocional na readaptação do paciente à sua nova condição.