As doenças cardiovasculares (DCV) são as principais causas de morte e hospitalizações, sendo a hipertensão arterial sistêmica (HAS) a mais frequente, que como condição multifatorial é considerada fator de risco para eventos como o infarto agudo do miocárdio (IAM) e o acidente vascular cerebral (AVC). Objetivou-se investigar a ocorrência de hospitalizações e óbitos hospitalares das principais DCV na Região Nordeste (NE) e no Brasil (BR), no período de 2006 a 2012. Método: estudo exploratório de cunho epidemiológico, de abordagem quantitativa, com análise descritiva. Dados coletados do site do DATASUS/ Sistema de Internação Hospitalar, internação e óbito por HAS, IAM e AVC e as variáveis: sexo e faixa etária. Os resultados apontam o IAM como principal causa de internações e óbitos no BR apresentando uma média anual de 24.131 internações e de 1.693 óbitos, com aumento percentual médio respectivo de 8% e de 7,8% e no NE uma média de 2.925 internações e de 213 óbitos, com acréscimo percentual médio de 11,3% e 10% respectivamente. A HAS assume a segunda posição apresentando ano a ano uma média de 18.144 internações e de 149 óbitos, com queda percentual média respectivas de 5.6% e 5.7%. No NE o comportamento detectado ano a ano foi uma média de 5.044 internações e 46 óbitos, com queda percentual média respectiva de 2,2% e 1,2%. O AVC foi a menos incidente apresentando uma média de 2.416 internações e de 514 óbitos anos, com regressão percentual média de 0,2% e 6,9% respectivos. Os três agravos foram mais incidentes na faixa etária de 50-59 anos, pontuando nas internações e óbitos respectivamente no IAM 61.031 e 762, na hipertensão 16.034 e 177 e no AVC 9.988 e 1.828, com pequenas oscilações nos demais grupos etários. Conclui-se que esse aumento percentual em todas as faixas etárias pode ser explicada pelas dificuldades enfrentadas para se trabalhar educação em saúde com o contingente masculino, bem como de mantê-los mais presentes nos serviços. Além disso, as dificuldades enfrentadas pelos serviços nos três níveis de atenção, principalmente na Região Nordeste, pouco adequados para receber, atender e assistir os casos de IAM e AVC. Enfatiza-se a necessidade do controle dos fatores de risco da HAS , que desponta como principal fator de risco para as DCV, utilizando-se das ações da Atenção Primária à Saúde voltadas, principalmente, para o grupo masculino, ainda muito distantes dos serviços. |