Anais - 17º CBCENF

Resumos

Título DIABÉTICOS COM DEPRESSÃO: IMPLICAÇÕES PARA INTEGRALIDADE DO CUIDADO
Autores
DANIEL ASER VELOSO COSTA (Relator)
JANDESSON MENDES COQUEIRO
DAVI ABNER VELOSO COSTA
PATRÍCIA EVANGELISTA ROCHA DAMASCENO
SPENCER SILVA SANTOS
Modalidade Comunicação coordenada
Área Força de trabalho da enfermagem: recurso vital para a saúde
Tipo Pesquisa

Resumo
A integralidade na atenção à saúde é definida como um princípio do SUS, orientando políticas e ações programáticas que respondam às demandas e necessidades da população no acesso à rede de cuidados em saúde, considerando a complexidade e as especificidades de diferentes abordagens do processo saúde-doença e nas distintas dimensões, biológica, cultural e social do ser cuidado. O diabetes mellitus possui elevada prevalência, acometendo cerca de 382 milhões de pessoas no mundo e 12 milhões de brasileiros. Em torno de 20% a 30% dos pacientes com diabetes apresentam depressão. A depressão pode atuar como um fator de risco para o desenvolvimento do diabetes, piorar seus sintomas e interferir com o autocuidado dos pacientes. Quando não tratada adequadamente, a depressão nesses pacientes tende a evoluir com elevada taxa de recorrência. O objetivo deste estudo é discutir os impactos da depressão no usuário portador de diabetes mellitus e as implicações para a integralidade do cuidado. Para construção desde trabalho realizou-se levantamento bibliográfico sobre o tema no banco de dados SCIELO, por meio da combinação dos descritores “diabetes mellitus” e “depressão”. Os estudos apontam que o curso da depressão associada ao diabetes mellitus ainda é pouco conhecido. O que se sabe é que a depressão no paciente com diabetes tende a comprometer os vários domínios da qualidade de vida, incluindo saúde física, saúde psicológica, relacionamento social, domínio ambiental e de pressão social, relacionada à saúde em geral. A aceitação da doença e a capacidade do paciente em lidar com as alterações que a doença impõe sobre alguns aspectos da vida cotidiana prejudica o funcionamento diário destes indivíduos. O prejuízo funcional, por sua vez, dificulta ainda mais as modificações no estilo de vida relacionado à doença. A diabetes mellitus e a depressão apresentam alterações fisiopatológicas comuns e possuem características próprias que favorecem o agravamento mútuo das duas condições clínicas. Portanto, os diabéticos com depressão devem participar de projetos terapêuticos singulares, capazes de responder às diversas dimensões do processo saúde-doença. Os serviços de saúde precisam reafirmar o exercício da responsabilidade, do compromisso, do respeito e da alteridade com os usuários na produção do cuidado. É preciso disponibilizar equipes multiprofissionais e subsídios suficientes para que esses usuários possam obter a integralidade no cuidado e alcançar qualidade de vida.