Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título RELAÇÃO ENTRE SISTEMA DE TRIAGEM MANCHESTER E DESFECHO CLÍNICO DE PACIENTES ATENDIDOS EM UM PRONTO ATENDIMENTO
Autores
KESIA MEIRIELE SOUZA (Relator)
HELISAMARA MOTA GUEDES
SARA SALGADO DE MORAIS
MARIA LUIZA DE FARIA
TANIA COUTO MACHADO CHIANCA
Modalidade Pôster
Área Acessibilidade e sustentabilidade no SUS
Tipo Pesquisa

Resumo
No Brasil a assistência à urgência é realizada principalmente nos Prontos Atendimentos (PA) que funcionam 24 horas por dia. O aumento da demanda nos PA é representado pelo fluxo contínuo e desordenado dos usuários, gerando em contrapartida a necessidade de constante reorganização no processo de trabalho. No ano de 2008 o governo do Estado de Minas Gerais propôs a implantação da classificação de risco utilizando o Sistema de Triagem de Manchester (STM) em todas as unidades de urgência do estado, desde então as unidades tentam se adequar ao sistema. A partir da identificação da queixa principal do usuário pelo enfermeiro, é selecionado um fluxograma específico orientado por discriminadores apresentados na forma de perguntas. O protocolo apresenta 52 diferentes fluxogramas e uma escala de risco. Esta possui cinco categorias identificadas por número, nome, cor e tempo alvo até a avaliação médica.O indivíduo pode ser classificado em cinco cores: vermelho (atendimento emergente); laranja (atendimento muito urgente); amarelo (atendimento urgente); verde (atendimento pouco urgente) e azul (atendimento não urgente). Esse trabalho teve como objetivo relacionar a classificação recebida pelo usuário através do STM e o desfecho clínico (óbito e alta/transferência) do paciente no serviço. Trata-se de um estudo de coorte prospectivo, de caráter descritivo realizado no pronto atendimento da Santa Casa de Caridade de Diamantina-MG. Foram avaliados pacientes que deram entrada no PS e que nele permaneceu por mais de 24 horas após a admissão, sendo acompanhado o desfecho final. Análise estatística descritiva e univariada foi realizada .Dos 605 pacientes classificados 58,0% eram do sexo masculino, com idade média de 58,1 .83,9% ganharam alta/transferência. Proporcionalmente foi encontrada mais óbitos nos pacientes classificados nas cores mais graves: 45,8% vermelho, 16,4% laranja e 8,6% amarelo. Nos pacientes verdes, 9,2% evoluíram para o óbito e 7,1% nos brancos. Esta porcentagem nos pacientes menos graves pode estar relacionado com o fato deles terem complicado durante as 24 horas de internação .A análise univariada evidenciou que há diferença estatística entre os grupos da classificação de risco em relação a mortalidade (p<0,001). Conclui-se que o STM é um bom preditor da mortalidade, quanto maior a gravidade do paciente maior o risco dele vir a óbito.