Anais - 16º CBCENF
Resumos
| Título | PERFIL DOS CASOS DE ESTADO REACIONAL PÓS-ALTA DA POLIQUIMIOTERAPIA DA HANSENÍASE DE 2000 A 2012 EM ALEGRE-ES | |||||
| Autores |
|
|||||
| Modalidade | Pôster | |||||
| Área | Acessibilidade e sustentabilidade no SUS | |||||
| Tipo | Pesquisa | |||||
Resumo |
||||||
| INTRODUÇÃO: Os estados reacionais ou reações hansênicas são manifestações do sistema imunológico do doente ao Mycobacterium leprae, agente etiológico da hanseníase, doença infecciosa, granulomatosa de evolução crônica, cujo tratamento terapêutico empregado é a poliquimioterapia instituído pelo ministério da saúde desde 1991. As diferentes formas do fenômeno reacional estão relacionadas com o grau de imunidade celular e a capacidade variada de eliminar os bacilos que foram destruídos pela terapêutica ou pelo sistema imunológico do indivíduo. Trata-se de estudo realizado no Programa Municipal de Eliminação e Controle da Hanseníase do município de Alegre-ES. OBJETIVO: Traçar o perfil dos pacientes acometidos por reações hansênicas, no período de 2000 a 2012, após alta do tratamento poliquimioterápico da hanseníase, com vistas a subsidiar o planejamento das ações de saúde que possam minimizar o comprometimento da qualidade de vida dos pacientes. METODOLOGIA: O estudo descritivo utilizou dados secundários dos prontuários do programa e do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. RESULTADOS: A amostra constituiu-se de 16 casos que apresentaram reações hansênicas após alta medicamentosa do tratamento da hansenïase, sendo 50% de cada sexo; 62% residentes no meio urbano e 38% rural; 38% de 40 a 49 anos de idade; 100% multibacilares e 94% apresentou reações antes de um ano após a alta da poliquimioterapia. A literatura científica ressalta que os estados reacionais lesionam os nervos gerando as incapacidades, portanto devem ter seu surgimento monitorado continuamente. CONCLUSÃO: Embora, por observação assistemática as anotações dos prontuários tem alguns elementos que revelam a ocorrência das reações hansênicas, os dados do SINAN oferecem indícios que pouco evidenciam as implicações deste quadro na qualidade de vida do indivíduo. Os resultados deste estudo sugerem que o perfil identificado configura de fato um evento que merece atenção do sistema de saúde pública em face da ocorrência em indivíduos em faixa etária produtiva, considerados de alta por cura de uma enfermidade infecto-contagiosa, mas permanece como um problema de saúde pública, face ao tratamento do surto reacional, denominada afecção imunológica, que leva a uma queda da qualidade de vida e interfere na vida dos pacientes. Inclusive pode-se inferir que os casos de reações hansênicas necessitam de monitoramento mais amplo nos sistemas de informação de saúde do SUS. | ||||||