Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE MASCULINA NO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO
Autores
WELTON CRISTO (Relator)
SABRINA CAMISÃO RIBEIRO
RAONE SILVA SACRAMENTO
RAFAELA FERNANDES COSTA
GRASIELLE CAMISÃO RIBEIRO
Modalidade Pôster
Área Cidadania, alienação e controle social
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Atualmente, a maior parte do atendimento de atenção básica privilegia grupos populacionais avaliados como mais vulneráveis, por meio de ações programáticas voltadas para a saúde da mulher, da criança e do idoso, pouco favorecendo a atenção à saúde do homem. Além desse quesito, o próprio homem tem dificuldade de reconhecer suas próprias necessidades em saúde, cultivando o pensamento que rejeita a possibilidade de adoecer, mantendo até hoje a questão cultural da invulnerabilidade masculina. Por esse motivo os mesmos não cuidam da saúde, e consequentemente a expectativa de vida das mulheres é maior que a dos homens. OBJETIVO: Identificar as principais causas de mortes em homens, segundo a Classificação Internacional de Doenças. METODOLOGIA: Foi realizado estudo de série temporal, referente ao período de 2002 a 2011, a partir de dados secundários do Banco de dados do Sistema Único de Saúde (DATASUS), no estado do Espírito Santo. RESULTADOS: No período avaliado ocorreram 118.060 óbitos (40.147 a mais que em mulheres), sendo que o ano de 2010 foi o que obteve o maior número de casos, com 12.745 (10,7%); houve pequenas reduções nos anos de 2005, 2009 e 2011. Quanto as principais causas de mortes, destacam-se as neoplasias malignas como a principal causa, representado 14,1% dos óbitos; acompanhadas pelas agressões (13,4%) e acidentes (10,6%). Referente ao perfil, segundo as características predominantes, identifica-se homens com 70 a 79 anos de idade (17,7%); brancos (35,7%); casados (42,6%); e quanto aos dados de escolaridade, a maior parte consta como ignorado (57,9%), seguido por 1 a 3 anos de estudo (12,8%). A maior parte dos óbitos ocorreu no hospital (54,5%), seguido no domicílio (16,8%) e via pública (10,5%). CONCLUSÃO: Por meio deste estudo ficou evidente que, embora haja a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH), é grande a necessidade de conhecer as políticas e os programas, e implementar um programa de capacitação para os profissionais de saúde, principalmente os de enfermagem, para que esses possam assistir a população masculina, atendendo a suas demandas a partir de suas características. Estudos como este são primordiais, já que, conhecer e entender o perfil masculino influencia diretamente na conduta dos profissionais da enfermagem, visto que possibilitarão ações de saúde mais específicas, adequadas e eficazes.