Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título TENDÊNCIA SECULAR DA MORTALIDADE INFANTIL NO BRASIL
Autores
TAYNNA JANAYNA RIBEIRO CARNEIRO (Relator)
JOSÉ WICTOR PEREIRA BORGES
CAMILLA JANNE DA SILVA BERNARDES
LEVITEMBERG DA COSTA ALMEIDA MORAES
PAMELA COSTA DUARTE
Modalidade Pôster
Área Cidadania, alienação e controle social
Tipo Pesquisa

Resumo
A mortalidade infantil é classicamente considerada como um dos melhores indicadores do nível de vida e bem-estar social de uma população; com dois componentes: o neonatal, compreendendo os óbitos ocorridos do nascimento até os 27 dias de vida; e o infantil tardio (ou pós-neonatal), incluindo os óbitos ocorridos do 28º dia até um dia antes de completar um ano. O componente da mortalidade infantil mais associado com a qualidade de vida é o pós-neonatal. A mortalidade neonatal reflete mais a assistência à saúde recebida pelas crianças e mães do que o bem-estar social, estando associada tanto a fatores biológicos como à assistência pré-natal, ao parto e ao recém-nascido. A redução da mortalidade neonatal é mais difícil e sua prevenção envolve investimentos em serviços hospitalares de tecnologia mais complexa.Demonstrar a tendência das diferentes taxas de mortalidade infantil no Brasil (neonatal e pós-neonatal). Trata-se de um estudo descritivo e retrospectivo. A pesquisa foi realizada nos arquivos dos Censos Demográficos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), tendo como descritores “mortalidade infantil”, “criança” e “Brasil”. Na década de 1980, a mortalidade infantil era de 69 por mil nascidos vivos, decrescendo bruscamente para 45 em 1990, decaindo para 30 no ano 2000 e alcançando 15 vivos no Censo 2010. Subdividindo as taxas, os óbitos neonatais eram inferiores (40%) aos pós-neonatais (59%) na década de 1980. Tais percentagens equivaleram-se na década de 1990 e, após esta data, os óbitos neonatais eram superiores (67%) aos pós-neonatais (32%). Em relação à especificidade por sexo, o masculino sempre prevaleceu sobre o feminino. Quanto às diferenças regionais, no ano 2000, apenas o Nordeste teve índices maiores que a taxa nacional; quadro que se modificou em 2010, onde a região Norte também ficou acima da média brasileira. O Sul sempre guardou os menores números de mortalidade infantil e, o Nordeste, os maiores. A Mortalidade Infantil Neonatal tende a crescer e a Mortalidade Infantil Tardia tende a decrescer no Brasil. A implantação de programas sociais direcionados à saúde pública, como os de vacinação em massa, incentivo ao aleitamento materno, os de acompanhamento da gestante durante o período pré-natal e do recém-nascido, bem como a relativa expansão do sistema de saneamento básico, entre outros, concorreu para mudar sensivelmente o comportamento destas proporções em nosso país.