Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DOS PACIENTES COM HIV/AIDS
Autores
MARIA EDUARDA GONÇALVES MACIEL BERINGUEL (Relator)
MAYARA INACIO DE OLIVEIRA
DÉBORA RAKEL PEGADO BARBOSA
JOSUEIDA CARVALHO SOUZA
Modalidade Pôster
Área Cidadania, alienação e controle social
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: O vírus da imunodeficiência humana mais conhecida como HIV é uma doença que já foi considerada de evolução rápida com uma alta taxa de óbitos. Atualmente com a terapêutica avançada o HIV é considerada uma doença crônica. Além de ter uma maior expectativa de vida, os portadores da imunodeficiência também têm garantido uma melhor qualidade de vida. Objetivo: Buscar evidências disponíveis na literatura abordando como é o perfil epidemiológico de pacientes com HIV-AIDS no Brasil. Metodologia: Utilizando a estratégia de revisão da literatura integrativa, a busca foi realizada através da Biblioteca Virtual de Saúde (BIREME) em junho de 2013. Foram utilizados os seguintes descritores, via DeSC/MeSH, “perfil epidemiológico”, “HIV” e “AIDS”. Realizada a busca, surgiram 63 artigos dos quais 11 corresponderam aos critérios, que eram ser dos últimos 10 anos e possuir textos completos. Resultados: Na análise dos estudos foi demonstrado que a maioria dos pacientes que têm sido notificado como HIV-AIDS possui baixa escolaridade e apesar do sexo masculino apresentar o maior índice de contaminação, as mulheres têm aumentado casos de notificação, chegando a quase se igualar com os homens em alguns estudos. Uma outra particularidade é que a maioria das mulheres que se contaminam com o vírus têm um relacionamento estável e de confiança com o parceiro e quanto menor o grau de escolaridade dessas mulheres, maior vulnerabilidade tem esse grupo. No que se refere ao grau de exposição tem se percebido que a transmissão é em quase sua totalidade através do contato heterossexual. Nas complicações mais acometidas está presente a tuberculose, candidíase oral e neurotoxoplasmose. Outra particularidade é que a contaminação pelo HIV já foi considerado doença da juventude, hoje apesar da maioria das contaminações ocorrem na fase adulta, têm aumentado consideravelmente na população idosa. Conclusão: Percebe-se uma inversão no estudo epidemiológico dos pacientes com HIV. Nos anos que sucederam sua descoberta, a maioria dos pacientes infectados era por contato homossexual ou por transfusão de sangue, atualmente, a maioria se contamina por relações heterossexuais. Além disso, enquanto o predomínio do grupo que se contaminava era do sexo masculino, hoje há um aumento dos casos de mulheres contaminadas. Esses dados apontam para a identificação de riscos e a necessidade de se criar políticas públicas de saúde, principalmente para a população de baixa renda e baixa escolaridade.