Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título A INTOXICAÇÃO EXÓGENA EM CRIANÇAS NO AMBIENTE DOMÉSTICO
Autores
NATASCHA NEIVA ELIAS (Relator)
RAFAEL GUIMARÃES
LUANE REGINA DA SILVA CARVALHO
JANE CRISTINA DOURADO PINATO
DAIANI ROSA
Modalidade Pôster
Área Cidadania, alienação e controle social
Tipo Pesquisa

Resumo
No Brasil, as intoxicações humanas de natureza diversas são causas de procura frequente nos postos de atendimento hospitalar público de urgência, sobretudo, pacientes pediátricos. O presente estudo teve como objetivo realizar um levantamento de pesquisas científicas nacionais sobre o perfil de intoxicações exógenas que ocorrem em crianças de 0 a 6 anos. Trata-se de uma revisão bibliográfica a partir da busca de artigos científicos na base de dados SciELO, utilizando como descritores: crianças, intoxicações exógenas e ambiente doméstico. As intoxicações exógenas respondem por aproximadamente 7% de todos os acidentes em crianças menores de cinco anos e estão implicadas em cerca de 2% de todas as mortes na infância no mundo. Segundo dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (SINITOX) da Fundação Oswaldo Cruz, no Brasil, no ano de 2010, foram notificados 103.184 casos de intoxicação humana, sendo a faixa etária de zero a quatro anos de idade a mais acometida, com 21.331 (20,7%) e registro de 44 óbitos. Entre os principais agentes tóxicos que causaram intoxicações em crianças nessa faixa etária, no ambiente doméstico, destacam-se os medicamentos (35%); os domissanitários (24%); os produtos químicos industriais (9%); raticidas, cosméticos e agrotóxicos de uso doméstico, sendo 3,5% cada um. Possivelmente, a intoxicação por medicamentos é mais freqüente porque nos domicílios têm-se o hábito de deixar medicamentos em vários locais e estes, com suas embalagens coloridas, formatos diversos e sabores agradáveis, despertam a atenção da criança além de que, estas embalagens são abertas com extrema facilidade, contribuindo mais ainda, para a efetivação dos acidentes tóxicos. Entre as intoxicações infantis acidentais, houve predominância do sexo masculino, sendo a via de exposição de maior envolvimento a via oral. Uma das limitações encontradas na realização deste estudo foi a inexistência de documentos e referências com evidência em saúde e de enfermagem voltados ao atendimento inicial ao paciente pediátrico intoxicado. Contudo, é importante conhecer a natureza e a realidade acerca dos acidentes na infância a fim de se formar um diagnóstico que auxilie na elaboração e implantação de estratégias específicas de prevenção, bem como a realização de novos estudos que visem à elaboração de um protocolo padrão dirigido à assistência de enfermagem ao paciente pediátrico intoxicado.