Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título A PREVALÊNCIA DE CASOS DE INTOXICAÇÃO POR COMPOSTOS QUÍMICOS, UTILIZADOS NA ATIVIDADE AGRÍCOLA
Autores
GIELY DEISY DA CUNHA (Relator)
LUANA CANCI
GISLEINE SALETE NILSON
MARCELO JOSÉ GOMES
ALESSANDRO RODRIGUES PERONDI
Modalidade Pôster
Área Cidadania, alienação e controle social
Tipo Monografia

Resumo
O Brasil configura-se como um dos principais consumidores de agrotóxicos no ranking mundial, ficando entre as dez primeiras colocações entre os maiores consumidores. De acordo com dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, o agronegócio é, hoje, o maior setor exportador brasileiro, representando 42% das exportações de nosso país, sendo que sua contribuição é determinante para o superávit da balança comercial de nosso país. O estudo teve por objetivo identificar a variável do numero de casos de intoxicações por agrotóxicos nos municípios pertencentes a 8ª Regional de Saúde do Paraná. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva documental, que foi desenvolvida no período de agosto de 2012, junto à 8ª Regional de Saúde, localizada no município de Francisco Beltrão - Paraná. Através da utilização de um instrumento para obtenção de dados no formato de check list, que foi preenchido com base na Ficha de Notificação de Intoxicação Exógena, onde foram analisadas as notificações referentes ao ano de 2011, de todos os casos notificados no Sistema Nacional de Informação e Agravos de Notificação (SINAN). O estudo apontou 18 Intoxicações exógenas notificadas durante o período 2011, entre elas 01 intoxicação por carrapaticida, 02 por fungicida, 03 por inseticida e 12 por herbicida. A distribuição das notificações entre os municípios foi homogênea, sendo identificada mais de 01 notificação em apenas 18% dos municípios estudados. Na prática, observa-se que os registros de intoxicações por agrotóxicos no SINAN tem sido escassos em todo o Brasil. Analisando os dados em âmbito nacional, para o período de 2001-2005, encontrou-se um coeficiente médio de 2,2 casos/100.000 habitantes. Os estados com maiores coeficientes foram: Santa Catarina (7,3), Paraná (5,6) e Rondônia (6,2). Fica evidente, que como fonte de informações sobre intoxicações por agrotóxicos, os sistemas de registro não respondem adequadamente como instrumento de vigilância deste tipo de agravo. Na prática, apenas os casos agudos e os mais graves são notificados, e o sub-registro é muito grande devido a falta de investigação sobre os casos. É fundamental que se desenvolvam ações técnicas nas áreas de saúde, educação e principalmente agricultura no sentido de diminuir o forte impacto que esta tecnologia, que veio para beneficiar a humanidade, vem exercendo na saúde pública e no meio ambiente.