Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título RASTREAMENTO MAMOGRÁFICO EM MULHERES COM IDADE ENTRE 50 E 69 ANOS:TAXA DE COBERTURA E A FREQUÊNCIA DOS ACHADOS
Autores
KARLA CEVERO (Relator)
ANGELA SCHNEIDER
MICHELE APARECIDA LANDO MARIA
CLEUNIR DE FÁTIMA CANDIDO DE BORTOLI
Modalidade Pôster
Área Acessibilidade e sustentabilidade no SUS
Tipo Pesquisa

Resumo
O câncer de mama é a doença de maior incidência na população feminina, exceto os tumores de pele não melanoma. O diagnóstico tardio talvez seja o principal responsável pelas elevadas taxas de mortalidade por câncer de mama no Brasil, por outro lado, a detecção precoce do câncer de mama oferece oportunidade adequada de tratamento, elevado percentual de cura, menor dano estético e redução da mortalidade. A indicação do exame de mamografia se faz para mulheres assintomáticas, como forma de rastreamento e também para mulheres sintomáticas que possuem achados clínicos suspeitos. As políticas de saúde pública no Brasil consideram o combate do câncer de mama como uma de suas prioridades, estando incluso no Pacto pela Saúde (2006), o qual prevê o fortalecimento e o aumento da resolubilidade do SUS, tendo o objetivo de atingir a meta de 60% de cobertura de mamografia para mulheres de 50 a 69 anos. Existem controvérsias sobre a idade em que a mulher deve iniciar a realização do exame mamográfico, no Brasil, o INCA recomenda para mulheres com histórico familiar a partir dos 35 anos de idade anualmente, e para as mulheres que não possuem histórico familiar a partir dos 50 anos com intervalo de no máximo dois anos. Este estudo teve o objetivo de analisar o índice de rastreamento mamográfico e a prevalência das lesões mamárias no período de 2009 a 2011 entre as mulheres na faixa etária entre 50 e 69 anos atendidas pelo SUS no município de São Lourenço do Oeste/SC. Caracterizou-se por uma abordagem quantitativa, exploratória descritiva do tipo documental. Utilizou-se como parâmetro para a cobertura o pacto pela vida do Ministério da Saúde e como banco de dados o SISMAMA e o sistema municipal SIGESA. Os resultados apontaram que embora houve um crescimento na taxa de cobertura do exame mamográfico, o município encontra-se aquém da meta proposta. Identifica-se ainda, um grande número de mulheres que realizaram o exame na faixa etária abaixo de 50 anos. Quanto a prevalência das categorias BI-RADS identificadas observou-se a predominância de Bi-rads 1 e 2 em todos os anos analisados, com 47,6% em 2009, 53,55% em 2010 e 66,6% em 2011. A subnotificação de laudos no SISMAMA geraram dados defasados para a identificação das categorias Bi-rads. Conclui-se que há necessidade de ampliação da oferta do exame de rastreamento para a faixa etária proposta, através de estratégias e ações, para melhorar a adesão ao exame de mamografia pelas mulheres que estão na faixa preconizada.