Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título PRINCIPAIS DIFICULDADES ENFRENTADAS NO TRATAMENTO DA TUBERCULOSE NO ÂMBITO DA ESTRATÉGIA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
Autores
LOYANE GOMES ALVES (Relator)
ÂNGELA VALÉRIA XAVIER DE FRANÇA
EDILASY BARBOSA MARIZ
JACYLENE KELLY ALVES TRINDADE
Modalidade Pôster
Área Cidadania, alienação e controle social
Tipo Pesquisa

Resumo
O estudo, revisão de literatura, analisou as principais dificuldades enfrentadas no tratamento da Tuberculose (TB) no contexto da Estratégia de Saúde da Família (ESF). Os dados foram agrupados e contextualizados a fim de propor um novo olhar sob as dificuldades no enfrentamento da TB, mediante a interligação das temáticas referente ao tratamento: Abandono X Adesão. A descentralização das ações de controle da TB para a porta de entrada dos sistemas municipais de saúde tem sido dificultada pelos mesmos obstáculos postos à expansão da Estratégia Saúde da Família – desafios relacionados à complexidade dos contextos sociais, políticos e econômicos –. Observa-se que fragilidades na produção do cuidado ao doente de TB têm contribuído para a ocorrência da interrupção do tratamento. Dos fatores que influenciam no abandono do tratamento, alguns não estão relacionados somente aos efeitos colaterais da medicação, ao uso de álcool e drogas e a problemas socioeconômicos como diversos estudos apontam. É necessário conhecer desde as dificuldades até as formas de lidar com ela. Fatores relacionados ao tratamento, à doença, ao paciente, aos serviços e aos profissionais de saúde são apontados como determinantes para adesão. O despreparo e o modo de agir dos profissionais de Saúde da Família é identificado como uma das mais frequentes justificativas associadas ao abandono do tratamento da TB. Estudos realizados sobre abandono ou adesão ao tratamento da Tuberculose, em algum momento focalizam a falta de formação genérica ou específica dos profissionais para lidarem com pessoas com essa doença e reforçam que a informação é considerada como fator relevante para a adesão. Os profissionais de saúde devem “conhecer as necessidades de saúde dos usuários e ajustar a assistência a elas, desenvolvendo a corresponsabilidade no tratamento, estabelecendo relações pautadas no acolhimento e no vínculo”, elementos norteadores das práticas da ESF. É possível afirmar que o modo como a equipe de saúde se organiza é determinante para a adesão do doente ao tratamento da Tuberculose, conduzindo-o a alta por cura. Fortalece-se a ideia que muitas das dificuldades durante o tratamento da TB só serão extintas quando os profissionais da Estratégia de Saúde da Família, principal porta de entrada para o Sistema Único de Saúde, estiverem aptos a reconhecê-las e enfrentá-las.