Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título DISCUTINTO INVISIBILIDADES NO AVANÇO DA SAÚDE MENTAL: OLHAR DE UMA GRADUANDA DE ENFERMAGEM
Autores
ADRIELLY ROCHA BARBOSA GONÇALVES (Relator)
ANDERSON REIS DE SOUSA
GEORGIA MONTENEGRO AGRA MARQUES
Modalidade Pôster
Área Acessibilidade e sustentabilidade no SUS
Tipo Relato de experiência

Resumo
A reestruturação da saúde mental no Brasil, instituída pelo movimento da Reforma Psiquiátrica no final dos anos 70 vai além da sanção de novas leis e normas, de mudança nas políticas governamentais e nos serviços de saúde. Ela compreende um processo político e social, composto de atores, instituições e forças de diferentes origens e que incide em territórios diversos, no governo federal, estadual e municipal, nas áreas acadêmicas, no mercado dos serviços de saúde, nos conselhos profissionais, nas associações de pessoas com transtornos mentais e de seus familiares, mas é preciso de fato avançar nesta área. Este estudo tem como objetivo relatar a experiência da implantação do grupo de pesquisa e extensão em saúde do homem da Faculdade Nobre de Feira de Santana. Trata-se de um relato de experiência sobre a discussão da invisibilidade no avanço da saúde mental sobre o olhar de uma graduanda do 6° período de Enfermagem, extraídos do cotidiano do curso de Graduação de Enfermagem da Faculdade Nobre de Feira de Santana/BA. Enquanto graduanda de Enfermagem tenho percebido que a saúde mental caminha a passos lentos sendo desprezada pelo poder público, e encarada com desinteresse pelos profissionais de saúde, bem como pelos graduandos que ainda estão em formação. Noto que há um grande despreparo no âmbito estrutural e organizacional das instituições para acolher os indivíduos que sofrem de algum distúrbio psíquico, comprometendo interinamente na propagação da atenção à saúde mental. Vejo que é preciso capacitar os profissionais da atenção primária à saúde bem como os da atenção hospitalar para que se utilize dos recursos necessários para referenciar esta população para os serviços adequados, reduzindo as práticas da medicalização e tratamentos incoerentes. É preciso também repensar os atendimentos emergenciais que tem sido conduzido com exclusão social, preconceito e estigma por parte dos profissionais de saúde, reduzindo as práticas centradas na doença, no ato prescritivo, sem se atentar para as questões que envolvem a singularidade de cada indivíduo. Diante do que foi relatado conclui-se que este estudo possibilitou ampliar os conhecimentos nessa área fragilizada na formação do profissional de Enfermagem , como forma de contribuir com os dados gerados, bem como sensibilizar gestores, profissionais de saúde a desenvolverem novos estudos e políticas mais efetivas para esta população.