Introdução: O trabalho ou as condições em que ele é realizado constituem causa direta para o adoecimento do trabalhador. Os riscos dependem da atividade e do local de trabalho, podendo ser classificados como: químicos, físicos, biológicos, psicossociais e ergonômicos. Objetivos: Descrever o Distúrbio Osteomuscular Relacionado ao Trabalho (DORT) em trabalhadores de enfermagem nos ambientes hospitalares. Metodologia: A metodologia utilizada foi a revisão bibliográfica de artigos publicados em periódicos nacionais no período de 2008 a 2012 e disponíveis nas bases de dados LILACS, SCIELO, BIREME. Resultados: Das 20 publicações selecionadas, 46% abordaram as doenças osteomusculares na equipe de enfermagem e as demais abordaram os fatores de riscos que estão expostos, o absenteísmo como conseqüência da DORT e gonalgia. Observou-se que entre os profissionais de enfermagem foram encontradas prevalências de DORT entre 23,5% e 33,3%. O aumento da idade, do IMC e a interação entre horas de trabalho e carga transportada são fatores de risco associados à gonalgia entre estes profissionais. Contribuem ainda para a ocorrência de doenças ocupacionais: falta de material apropriado; sobrecargas de atividades, estresse, não utilização das normas de biossegurança ou utilização inadequada dos Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). As mulheres que atuam nas instituições de saúde se submetem a dupla ou tripla jornada de trabalho, agravando as condições físicas e psíquicas da mulher. Quem mantém a maior freqüência e contato direto com os pacientes são os auxiliares e técnicos de enfermagem, os quais são responsáveis por grande parte da execução dos procedimentos tornando-os mais suscetíveis as doenças ocupacionais. Discussão: Relacionado às DORT’s algumas patologias são crônicas e apresentam recidivas, de terapia difícil, gerando uma incapacidade para a vida que não se resume apenas ao ambiente de trabalho. Nos últimos anos, são as doenças ocupacionais mais prevalentes. Conclusão: Maior atenção deve ser direcionada às posturas adotadas pelos trabalhadores na execução de suas atividades e nas condições dos mobiliários. Também é necessário que os hospitais disponibilizem instrumentos e equipamentos ergonomicamente planejados, visando à redução da incidência dos problemas osteomusculares. A educação continuada ajudará o trabalhador a estabelecer estratégias para evitar o risco e a doença terá menos chance de se manifestar. |