Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título A UTILIZAÇÃO DA TEORIA DO AUTOCUIDADO NO COTIDIANO DA ENFERMAGEM – RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
THAIS MARIA RIBEIRO LIMA (Relator)
EMMANUELACHRYS DA SILVA BOMFIM
ISABELLE MARIA FREITAS DA SILVA
NEILA CAMPOS DE GUSMÃO
ELLEN CRISTINA BARBOSA DOS SANTOS
Modalidade Pôster
Área Ética e Legislação em Enfermagem
Tipo Relato de experiência

Resumo
Introdução: O surgimento das Teorias de Enfermagem advém da necessidade de se consolidar um “saber próprio”, na medida em que se busca delimitar bases teóricas, as quais devem guiar as ações inerentes a prática do exercício profissional do enfermeiro e sua equipe. Dentre as Teorias de Enfermagem, a Teoria do Autocuidado (TAC), proposta por Dorothea Orem, aponta que todos os indivíduos têm a capacidade de se autocuidar. Todavia, quando diante de uma doença, a necessidade de autocuidado do indivíduo torna-se superior à sua capacidade de o realizar e, então, o mesmo carece de ajuda para satisfazer suas necessidades de autocuidado, aqui, têm-se a atuação da enfermagem. Objetivo: Descrever a utilização da Teoria do Autocuidado no desempenho das ações de cotidiano da Enfermagem, bem como sua importância. Metodologia: trata-se de um relato de experiência vivenciado por uma acadêmica do quarto período de enfermagem, na Clínica Médica de um hospital público em um município do interior do estado de Pernambuco. A acadêmica teve contato com o serviço em questão e tendo como base os conhecimentos prévios relacionados à TAC, iniciou uma observação sistematizada, da equipe de enfermagem, durante a fase de implementação dos cuidados aos usuários. Resultados: Foi possível observar que, as ações dos profissionais da equipe de enfermagem se restringiam ao tecnicismo do modelo de saúde biologicista, curativo e voltado para a doença, no qual há a execução impensada e mecânica de técnicas. Ficou evidente que a TAC não têm sido implementada, e que o objetivo principal, proposto por Orem, de orientar os usuários dos serviços de saúde acerca do seu agravo, para que eles possam desenvolver o cuidado de si, não está sendo alcançado, resultando no retorno ao serviço de saúde repetidamente, com agravamento do caso e consequente redução da qualidade de vida. Conclusão: Concluiu-se que é necessário aplicar a TAC à prática, no intuito de qualificar o enfermeiro como proativo na recuperação do usuário e na execução de ações que alcancem um modelo de saúde focado na integralidade do indivíduo, além de promover a autonomia do usuário, enquanto indivíduo competente para o seu próprio cuidado. Daí emerge o papel de educador do enfermeiro e que converge com o que Orem propõe. Por fim, parece de suma importância compreender que não basta saber apenas o “fazer técnico”, mas também a origem e consequência desse “fazer”.