Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título CONDIÇÕES DE TRABALHO NA ATENÇÃO BÁSICA E SUA REPERCUSSÃO NA SAÚDE DO ENFERMEIRO
Autores
LARIÇA CÂNDIDO DA SILVA (Relator)
ANA CAROLINE CARNEIRO LOPES
ERICA SIMONE BARBOSA DANTAS
LEILA DE CÁSSIA TAVARES DA FONSÊCA
EMILLE BRUNA SANTOS DE SOUSA
Modalidade Pôster
Área Acessibilidade e sustentabilidade no SUS
Tipo Pesquisa

Resumo
A influência do trabalho sobre a saúde do trabalhador é conhecida desde a antiguidade e nos últimos três séculos cresceu progressivamente a compreensão das relações entre trabalho e processo saúde-doença. Sabe-se que o enfermeiro, por desenvolver o cuidado a pessoas doentes, vivencia perdas, dores, sofrimento e morte, expondo-se a situações difíceis e de desgaste emocional, acrescidas pela desvalorização profissional e péssimas condições de trabalho oferecidas pelos serviços de saúde. Quando inseridos na Atenção Básica, os enfermeiros se expõem a vários riscos, causados por agentes químicos, físicos, biológicos, psicossociais e ergonômicos. O presente estudo objetiva abordar as dificuldades encontradas na Atenção Básica que podem repercutir na saúde do enfermeiro. Foi realizada pesquisa do tipo revisão de literatura tendo como base de dados a Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), a Literatura Latinoamericana en Ciencias de la Salud (LILACS) e Scientific Electronic Library Online (SciELO) e como critérios o acesso pelos descritores - saúde do trabalhador, atenção primária à saúde e enfermeiros - aos artigos na íntegra, idioma em português e publicação entre 2006 e 2012. Os resultados evidenciam que a precarização do trabalho tem sido responsável pelo comprometimento da saúde do enfermeiro e aumento das doenças relacionadas ao trabalho, entre elas, os transtornos mentais. Identifica-se vários aspectos negativos nas condições de trabalho que interferem na segurança, proteção individual e atividades laborais do enfermeiro com repercussão na sua saúde como a falta de comunicação e integração dificultando o trabalho em equipe e assistência integral, sobrecarga do trabalho com carga horária excedente, estrutura física inadequada, difícil acesso aos equipamentos de proteção, déficit na organização e gerenciamento, precarização do setor saúde em geral, falta de reconhecimento profissional, discussão tardia sobre planos de cargos e salários, motivando medo, isolamento e submissão destes trabalhadores, levando ao sofrimento, desgaste físico e psíquico comprometendo a saúde do enfermeiro e o desenvolvimento de suas atividades. Desta forma, faz-se necessário repensar o processo de trabalho na atenção básica para que a saúde dos enfermeiros não seja prejudicada e estes profissionais que são protagonistas do desenvolvimento da atenção básica e consolidação do Sistema Único de Saúde – SUS possam trabalhar com reconhecimento, satisfação profissional e qualidade de vida.