Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título ASSISTÊNCIA A MULHER DURANTE O PROCESSO PARTURITIVO: COMO FAZER A DIFERENÇA? UM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
MAIANA RODRIGUES DE ALMEIDA SAMPAIO (Relator)
HAYALA CAROLINE SOUSA TOMASI
DAIANE VIEIRA DA SILVA
IMANOELE LOPES DE OLIVEIRA NERY
LILIAN CONCEIÇÃO GUIMARÃES DE ALMEIDA
Modalidade Pôster
Área Ética e Legislação em Enfermagem
Tipo Relato de experiência

Resumo
O trabalho de parto e o parto são momentos únicos na vida da mulher, são circunstâncias nas quais a mãe e o filho estão em situação de vulnerabilidade, assim é preciso proporcionar a segurança deste binômio. A assistência a saúde de qualidade, com a garantia de princípios como integralidade, equidade e universalidade contribuem para o bem estar da mulher. Assim, para uma atenção humanizada é importante a provisão de recursos, organização de rotinas evitando intervenções desnecessárias. Além do estabelecimento de relações baseadas em princípios éticos, que garantam a privacidade e autonomia feminina. Este estudo objetivou descrever a vivência de graduandas de enfermagem durante a atividade prática em obstetrícia, nas unidades de pré-parto e sala de parto, de uma maternidade pública do Recôncavo Baiano, durante o período de julho a setembro/2012. A experiência nos possibilitou conhecer múltiplas respostas femininas ao processo parturitivo, diante do comportamento, das demandas e solicitações delas, assim como os profissionais de saúde (técnicos de enfermagem, médicos e enfermeiros) se portam. A assistência obstétrica era centralizada em uma prescrição médica, geralmente comum as parturientes, com a equipe de enfermagem reproduzindo rotinas pré-estabelecidas, algumas inclusive contra indicadas como a manutenção da parturiente acamada. No pré-parto o ambiente era barulhento, com luzes fluorescentes acesas continuamente o que não favorecia o relaxamento psico-físico, a privacidade e o acolhimento da mulher. A presença do acompanhante foi um direito violado, assim a sensação de solidão, medo e abandono eram facilmente percebidas através dos choros, silêncios, faces intranqüilas e solicitações. A presença do graduando neste setor sem dúvida trouxe diversos benefícios para as mulheres a medida que cuidados como massagens, deambulação acompanhada, bate papos sobre vivências anteriores do parto, orientações sobre o parto, reposicionamentos para maior conforto, avaliação continuada da mobilidade do feto foram algumas das condutas implementadas que favoreceram o bem estar e contribuíram para um parto mais tranqüilo. A experiência nos conduziu a questionar a implementação da Política de Humanização ao Parto e os direitos da mulher, possibilitou refletirmos sobre a necessidade de investimento para a capacitação de profissionais de saúde no uso tecnologias leves, no acolhimento, no cuidado humanizado, na percepção do outro como um ser requer respeito e consideração.