Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título ASPECTOS ÉTICOS E LEGAIS DO TRANSPLANTE DE ORGÃOS: COMPETÊNCIAS DA ENFERMAGEM
Autores
ERIKA LEITE DA SILVA CARDOSO (Relator)
LEILA DE CÁSSIA TAVARES DA FONSÊCA
EVYLLÂNE MATIAS VELOSO FERREIRA
THALYS MAYNNARD COSTA FERREIRA
ROSSANA SANTOS DE ANDRADE
Modalidade Pôster
Área Ética e Legislação em Enfermagem
Tipo Pesquisa

Resumo
O transplante é uma transferência através de procedimento cirúrgico de um órgão ou parte dele, tecido, ou células de uma pessoa doadora para outra receptora. Atualmente a prática nacional de transplantes de órgãos e tecidos está fundamentada nas Leis nº 9.434/1997 e nº 10.211/2001, e tem como diretrizes a gratuidade da doação, a beneficência e a não maleficência em relação aos doadores vivos. O Brasil é mundialmente conhecido como detentor do maior sistema público de transplantes do mundo, mas apesar disso, ainda existem fatores que dificultam a efetivação da doação de órgãos, dentre os quais podemos citar: a falta de notificação de morte encefálica, as falhas na manutenção dos órgãos para a captação e o déficit informativo à cerca da temática. Nesse contexto, temos a necessidade de capacitação dos profissionais de saúde, de modo especial os enfermeiros, tendo em vista a complexidade no âmbito do cuidado e do atendimento às necessidades do doador, do receptor e das famílias envolvidas. Este estudo objetiva abordar os aspectos éticos e legais do processo de transplante e doação de órgãos, fundamentando legalmente a prática profissional do enfermeiro neste processo.Trata-se de um estudo do tipo Revisão Integrativa, consubstanciado numa abordagem qualitativa, realizado por meio de artigos científicos específicos sobre o tema, publicados na Biblioteca Virtual em Saúde e no Scientific Electronic Library Online (Scielo), no período de 2001 a 2012. Como resultados, percebemos que enquanto a ciência traz a possibilidade de poder interferir nos processos naturais, a ética, em particular a bioética, surge como instrumento definidor da propriedade do dever interferir, e tal circunstância não é diferente no que se refere ao transplantes de órgãos. Para tanto, o profissional enfermeiro que atua junto ao paciente potencial doador e familiares precisa ser capaz de identificar, planejar e intervir em alguns pontos inerentes ao processo de doação e recepção de órgãos. Para isso, são subsidiados pela resolução do COFEN nº 292/2004 que esclarece quais as atribuições do enfermeiro quanto a esses procedimentos. Portanto, é imprescindível que o enfermeiro conheça as bases legais e as diretrizes éticas que subsidiam sua prática profissional, para que desta forma, seja capaz de assegurar aos indivíduos envolvidos nos processos de transplante e doação de órgãos uma assistência humanizada, qualificada e, acima de tudo, dentro dos princípios éticos profissionais.