Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título ASPECTOS DO SONO E QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES PÓS-ACIDENTE VASCULAR ENCEFÁLICO
Autores
JESSYCA DAYANA MARQUES DE PAIVA (Relator)
KÉZIA KATIANE MEDEIRO DA SILVA
FABIANA BARBOSA GONÇALVES
ANA PATRÍCIA COSTA DE OLIVEIRA
RAFAEL TAVARES SILVEIRA DA SILVA 330635
Modalidade Pôster
Área Cidadania, alienação e controle social
Tipo Pesquisa

Resumo
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) é o comprometimento súbito da função cerebral provocado por uma variedade de alterações histopatológicas, que pode envolver um (focal) ou vários (multifocal) vasos sanguíneos intra ou extracranianos. As sequelas do AVE são muitas vezes incapacitantes e podem alterar o padrão de sono e a qualidade de vida dos pacientes. O objetivo deste estudo foi investigar os padrões de sono e a qualidade de vida em pacientes pós-AVE. A pesquisa foi realizada com um grupo de indivíduos saudáveis e um grupo de pacientes provenientes da Clínica Integrada do Centro Universitário do Rio Grande do Norte (UNI-RN) e de serviços de saúde conveniados em Natal/RN de 2010 a 2012. Foram utilizados os instrumentos para avaliação clínica da doença (NIHSS), dos padrões de sono (Pittsburg, Hábitos do Sono e Epworth) e qualidade de vida (SF-36). Foram entrevistados 41 indivíduos, 24 pacientes e 17 saudáveis, com idade entre 41-84 anos (50,7 ± 9,6 anos). A maioria dos pacientes apresentou comprometimento no hemisfério direito de grau leve a moderado, encontrando-se na fase crônica. Os pacientes apresentaram qualidade de sono discretamente pior e grau de sonolência excessiva diurna menor do que os saudáveis, sem diferença significativa. Observando o número de queixas relacionadas ao sono, foi visto que os pacientes relataram um número significativamente maior de queixas, sendo insônia a mais citada. Com relação à qualidade de vida, os pacientes pós-AVE apresentaram uma qualidade de vida significativamente pior, evidenciada também nos sete dos oito domínios que definem este parâmetro. Portanto, o AVE pode causar prejuízos na qualidade do sono e de vida, sugerindo-se a necessidade de abordagem de tratamento concomitante para sequelas motoras e alterações do sono, em especial para pacientes com maior gravidade de sequelas.