Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título A FUNÇÃO TERAPÊUTICA DA FAMÍLIA NO ACOMPANHAMENTO A PESSOA COM TRANSTORNO MENTAL
Autores
JONAS ALVES CARDOSO (Relator)
SUELEN PEREIRA DE MOURA RODRIGUES
FERNANDO SÉRGIO PEREIRA DE SOUSA
Modalidade Pôster
Área Acessibilidade e sustentabilidade no SUS
Tipo Pesquisa

Resumo
A importância da família no tratamento do transtorno mental se sustenta na compreensão que o contexto familiar contribui de maneira decisiva para a reabilitação e reinserção da pessoa em sofrimento psíquico no contexto social. Nesse sentido, o contato próximo dos familiares promove uma integração do sujeito adoecido nas rotinas familiares, fazendo-o presente e participativo, exercitando dessa forma habilidades de relacionamento. Objetivou-se compreender o impacto da família no acompanhamento da pessoa com transtorno mental. Estudo de revisão bibliográfica, com abordagem qualitativa, realizado no mês de junho de 2013, por meio de consultas de artigos indexados na base de dado SCIELO e LILACS. Utilizou-se os descritores: família, transtornos mentais e saúde mental. Como critérios de inclusão: trabalhos que abordassem a família no acompanhamento terapêutico, disponíveis na íntegra, periódicos como veículos de publicação entre 2010-2012; idioma de publicação em português. Encontrou-se 17 publicações, das quais se avaliaram seletivamente seus propósitos, onde se identificaram 06 artigos que obedeciam aos critérios de inclusão para esta pesquisa. Evidenciou-se que a família tem dificuldades em lidar com o familiar com transtorno mental e por isso na maioria das vezes apresenta ambiguidade em suas atitudes, pois ao mesmo tempo em que deseja aproximação com o membro da família, também circula no imaginário familiar uma não aceitação do comportamento descontrolado e manipulador que interfere na dinâmica familiar. Entretanto, observou-se que mesmo em um contexto familiar desfavorável, ainda se mantém a esperança de mudança de vida ou de melhora de seu familiar, e esse otimismo e o não abandono da pessoa em sofrimento psíquico durante o tratamento, de fato, resulta na melhoria da qualidade de vida do sujeito e dos que o cercam. Neste sentido, o afeto, os laços emocionais e a participação em grupo são determinantes na composição familiar, sendo fundamental na construção da vida do paciente em tratamento. Conclui-se que a participação da família conjuntamente com a equipe de saúde mental é favorável ao acompanhamento terapêutico, já que essa articulação promove um cuidado que valoriza a singularidade dentro do cotidiano coletivo da relação familiar.