Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título REFLEXÃO ÉTICA SOBRE O CUIDADO A PESSOA VIVENDO COM HIV/AIDS: PERCEPÇÃO DE GRADUANDOS EM ENFERMAGEM
Autores
RAFAELA DA SILVA ARGOLO ABREU (Relator)
LÍLIAN CONCEIÇÃO GUIMARÃES DE ALMEIDA
JÉSSICA SILVA DE ARAÚJO
CAROLINA MADEIRO MEIRA
ANDERSON ALVES LIMA SANTOS
Modalidade Pôster
Área Ética e Legislação em Enfermagem
Tipo Relato de experiência

Resumo
A AIDS faz parte do grupo de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e por muito tempo foi reconhecida como uma infecção que acometia apenas grupos específicos como os homossexuais, o que refletia o conhecimento ainda incipiente sobre os mecanismos de transmissibilidade da doença. A literatura brasileira e internacional menciona que existe um número significativo de profissionais, dentre eles enfermeiros, que apresentam dificuldades para cuidar de sujeitos vivendo com HIV/AIDS, elaborando então entraves e situações que impeçam o início ou à continuidade do tratamento, sendo então feita a troca na distribuição da assistência com o paciente encaminhado para algum colega. Neste trabalho objetivamos descrever a experiência de graduandos de enfermagem em um serviço de atenção primária, no qual tiveram a oportunidade de observar o atendimento a pessoas vivendo com HIV/Aids no período de 1 ano, entre (agosto/2010 a agosto de 2011) O contato com estes sujeitos ocorreu através de atividades práticas de educação em saúde e atendimento de consulta com enfermeira. A vivência prática possibilitou a identificar que os profissionais, assim como diversas pessoas da sociedade, produzem ações estigmatizantes, têm comportamentos preconceituosos como pedir para que outro colega faça o atendimento, acelerar a consulta, entre outros. Observamos infrações ao código de ética profissional e do paciente quando comentam intimidades dos usuários, não mantém a confidencialidade dos dados/informações,desrespeitando o direito a privacidade, ao cuidado a saúde de qualidade, ético e igualitário. Foi notório o desrespeito ao outro, alguns usuários faziam o acompanhamento e não tinham conhecimento do diagnóstico, condição clínica, prognóstico ou tratamento a ser implementado,esta atitude não favorece a prevenção, o controle e o combate a infecção pelo HIV/AIDS, visto que desta maneira o portador não adquire conhecimentos que contribuam para manutenção de ações de prevenção de agravos e re infecção. A informação contribui para o empoderamento e auto cuidado do sujeito, deste modo é fundamental que o profissional mantenha um comportamento dialógico no qual o usuário soropositivo seja instrumentalizado para ser ativo do cuidado. A abordagem ao soropositivo precisa ser respeitosa, os princípios éticos devem ser considerados, o atendimento de qualidade é primordial para que seja garantido o direito a saúde.