Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título ENFERMAGEM NA PERSPECTIVA DA CLÍNICA AMPLIADA E COMPARTILHADA PARA USUÁRIOS DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS (SPA)
Autores
THIAGO HENRIQUE LOPES E SILVA (Relator)
JAQUELINE GALDINO ALBUQUERQUE
JEOVÁ HALLAN DE MEDEIROS
PAULA DANIELLA DE ABREU
AMILTON ROBERTO DE OLIVEIRA JUNIOR
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cidadania, alienação e controle social
Tipo Relato de experiência

Resumo
INTRODUÇÃO: Franco Basaglia suscitou a psiquiatria democrática, tendo como alicerce a clínica ampliada e compartilhada, princípio este, norteador na formulação de políticas públicas para os portadores de transtornos mentais em vários países, a exemplo do Brasil através da lei 10216/01. Apesar do uso de SPA ser milenar, o abuso e a dependência é contemporâneo, considerados problemas de saúde pública e classificados como transtorno mental. Assim, a dependência química caracteriza-se como problemática transversalizadora, que exige integração de políticas diversas e modelos de atenção que atendam as mais diversas demandas. Portanto, serviços de base comunitária, tais como os CAPS ad´s e as USF´s protagonizam esse cuidado Psicossocial, mais precisamente os CAPS ad´s, pois a atenção básica é a porta de entrada preferencial por atuar no âmbito da tríade usuário-família-comunidade. OBJETIVOS: Relatar a experiência da atuação do enfermeiro num grupo terapêutico de um CAPS ad. MÉTODO: Trata-se de um relato de experiência construído a partir de vivências em um CAPS ad localizado na Região Metropolitana do Recife-PE. As intervenções de enfermagem ocorreram entre março/2012 e novembro/2012, carga horária de 40 horas/semanal, registradas em diários de campo. A equipe do CAPS ad tem composição multiprofissional, psicólogo, médico, terapeuta ocupacional, assistente social, entre outros. RESULTADOS/DISCUSSÃO: As ações de enfermagem possibilitaram o resgate de vínculos e os ampliou junto à comunidade através da intersetorialidade, interdisciplinaridade e integralidade. Teceu-se além de uma rede com dispositivos de saúde, articulações com oficinas de geração de renda, cursos profissionalizantes, escolas de músicas controle e participação social nos espaços deliberativos, elaboração de um coral com músicas regionais, torneios de dominó, jogos cooperativos, teatro de bonecos, passeios terapêuticos, dentre outros. Assim, constatou-se a importância de intervenções de enfermagem que perpassem várias necessidades do usuário, pois estas são crucias para a reinserção psicossocial. CONCLUSÃO: As políticas públicas para usuários de álcool e outras drogas estão vigentes, entretanto os modelos de atenção precisam romper com práticas deterioradas, trabalhar o conceito mais amplo de saúde. Portanto, faz-se necessário inserir no projeto terapêutico singular, além de dispositivos de saúde, mecanismos para que o usuário possa exercer sua cidadania e controle social de forma participativa.