Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título ACIDENTES COM PERFUROCORTANTES ENTRE ENFERMEIROS: AS CAUSAS DA SUBNOTIFICAÇÃO
Autores
JANAÍNA MICAELE DOS SANTOS SILVA (Relator)
MILENA GABRIELA DOS SANTOS SILVA
MARIA BERENICE GOMES NASCIMENTO PINHEIRO
POLIANA RAFAELA DOS SANTOS ARAÚJO
PRISCILA DAYANNE DOS SANTOS ARAÚJO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Ética e Legislação em Enfermagem
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: A enfermagem pode ser considerada a maior força de trabalho no ambiente hospitalar, sendo sua rotina marcada por uma assistência mais intensa ao paciente, o que a torna mais propensa a acidentes ocupacionais. Os acidentes com materiais perfurocortantes potencialmente contaminados são os principais, no entanto, apesar de reconhecermos a dimensão dessa problemática, ela ainda é bastante subnotificada, impossibilitando que medidas de promoção, prevenção de agravos e tratamento de possíveis contaminações sejam efetivadas. OBJETIVO: Identificar as causas de subnotificação de acidentes com perfurocortantes entre profissionais de enfermagem. METODOLOGIA: Pesquisa de caráter exploratório e descritivo, com abordagem quantitativa, realizada mediante aplicação de um questionário, após ter recebido parecer favorável sob número do CAAE 02252212.3.0000.5182 pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Hospital Universitário Alcides Carneiro/UFCG. A mesma foi desenvolvida em um hospital público com quinze (N=15) dos vinte e cinco (N=25) profissionais de enfermagem que compõe a escala e se disponibilizaram a participar mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). RESULTADOS: Quando questionados acerca da notificação de acidentes com perfurocortantes, percebemos que 53% (N=08) dos acidentes não foram notificados, enquanto que 47% (N=07) foram notificados a um setor competente. Visualizamos ainda, que 72% (N=05) das notificações se fizeram no Núcleo Epidemiológico do hospital por meio de ficha específica de notificação, 14% (N=01) foi notificado ao CEREST e 14% (N=01) foi notificada de forma verbal a direção do hospital. Ainda no que diz respeito à subnotificação dos acidentes, 50% (N=04) dos profissionais destacaram que o motivo do não registro foi por acreditarem no baixo risco de contaminação, 25% (N=02) por não saberem a quem recorrer e 25% (N=02) por não considerarem necessário. CONCLUSÃO: Identificamos, portanto, a ignorância com que os profissionais de enfermagem vêm tratando os riscos inerentes a sua profissão, impossibilitando que a real incidência desses eventos seja identificada e assim, que os gestores possam elaborar estratégias de educação e vigilância em saúde que reduzam esses infortúnios e incentive a notificação. Propomos a instalação de uma Comissão de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) a quem o profissional possa recorrer em caso de acidentes e notificá-los, implementando também, as estratégias de educação em saúde.