Anais - 16º CBCENF

Resumos

Título LEVANTAMENTO DO ÍNDICE DE MORTALIDADE MATERNA INVESTIGADOS PELA OITAVA REGIONAL DE SAÚDE
Autores
LUCIANA ZANIN (Relator)
LEDIANA DALLA COSTA
ALESSANDRO RODRIGUES PERONDI
CARLA REGINA KUHNE
KEMOLI SPINELLO
Modalidade Comunicação coordenada
Área Cidadania, alienação e controle social
Tipo Monografia

Resumo
A mortalidade materna é um dos indicadores de saúde da população feminina, retratando as condições e atenção à saúde da mulher e suas desigualdades, conceituando-se como a morte de uma mulher durante o período da gestação ou até 42 dias após o término da mesma, devido a qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez. Sendo assim, a presente pesquisa teve como objetivo o levantamento do número de óbitos maternos ocorridos e notificados nos 27 municípios pertencentes à 8ª Regional de Saúde entre o período de 2006 a 2011. O estudo foi realizado através de uma pesquisa retrospectiva, documental de caráter quantitativo, e os dados foram coletados através dos registros de investigação do Comitê de Mortalidade Materna existente na 8ª Regional de Saúde, através do Sistema de Informação de Nascidos Vivos (SINASC) e nas Declarações de óbitos (DO) adquiridas através do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). Foram analisados os registros de óbitos de mulheres em idade fértil, que por determinação da Portaria nº 1119 de 05 de junho de 2008, devem ter seus óbitos investigados para descobrir se estes enquadram-se como óbito materno. Entre os 619 óbitos em idade fértil, levantados, 21 óbitos foram classificados como materno levando a uma porcentagem de 3,40% do total de óbitos. As mortes maternas foram mais frequentes entre 30 a 34 anos (23,80%). Observando o nível de escolaridade da mãe percebemos a falha no preenchimento das D.O.’s, pois constatou-se que em 33,33% das declarações de óbitos este item não estava preenchido. Os óbitos estão distribuídos entre 12 municípios, o maior índice atribui-se á Francisco Beltrão com 19,05%, seguido de Santo Antonio do Sudoeste com 14,29%. As causas obstétricas diretas responderam por 38,10% das mortes maternas, dentre essas predominou a eclâmpsia com 19,06 %, as indiretas com 33,33% sendo que as doenças respiratórias foram as grandes responsáveis com 9,53%, e os óbitos não obstétricos corresponderam à 28,57%, destes 23,81 % associados á acidentes de trânsito. Analisando o estudo pode-se concluir que apesar do empenho, do trabalho realizado por profissionais da área de saúde, é difícil fazer um levantamento preciso dos dados em relação ao óbito materno, isto devido à subnotificação de óbitos, o desconhecimento da obrigatoriedade de investigação de óbitos em idade fértil, e o principal problema percebido através deste estudo é o preenchimento incorreto das declarações de óbitos.