Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título FATORES QUE INTERFEREM NA ADESÃO DA MAMOGRAFIA COMO PREVENTIVO DO CÂNCER DE MAMA NO INSTITUTO DA MULHER -AM
Autores
ADRIANA DUARTE DE SOUSA (Relator)
VALDELIZE ELVAS PINHEIRO
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
O câncer de mama é provavelmente o mais temido pelas mulheres, devido à sua alta freqüência e,sobretudo pelos seus efeitos psicológicos,que afetam a percepção da sexualidade e a própria imagem pessoal.O objetivo geral do estudo foi avaliar os fatores psicossociais que interferem na adesão da mamografia como exame preventivo na detecção do câncer de mama em mulheres atendidas no Instituto da Mulher Dona Lindú em Manaus-AM. Tratou-se de uma pesquisa de campo onde foram entrevistadas 117 mulheres, com idade mínima de 35 anos. Os resultados mostraram a faixa etária de 40-59 anos como a mais frequente, 56,6% das entrevistadas já haviam realizado exame de mamografia nos últimos 24 meses.70% residiam na zona urbana de Manaus, 20% das entrevistadas relataram a existência de câncer de mama em outras mulheres da família, 10% possuem renda proveniente de aposentadoria, 36% são donas de casa. 20% foi o total de mulheres que alegaram desconhecer o que é o exame de mamografia. Dentre os sentimentos mais citados o medo apareceu em primeiro lugar com 40%, seguido por alívio 13,3%, ansiedade e dúvida.56,5% alegaram a não realização da mamografia com a freqüência solicitada pelo médico pelos seguintes motivos: dificuldade em marcar o exame 20%, falta de interesse em realizar o exame 16,6%, não ter o exame disponível na localidade onde reside 13,3%, medo do resultado e vergonha 3,3%, ainda assim, 100% pretendiam realizar novamente a mamografia caso houvesse solicitação médica. Através desde estudo foi possível perceber que muitas mulheres não sabem ou possuem dúvidas em relação à freqüência recomendada para realização das medidas preventivas do câncer de mama, e a falta de conhecimento é o principal fator para a não realização das medidas preventivas. Portanto surge a necessidade da elaboração e implementação de estratégias que envolvam e mobilizem as mulheres no que diz respeito às questões ligadas à realização das medidas preventivas do câncer de mama na freqüência recomendada, sobretudo pelos profissionais da Atenção Primária, portanto, as políticas de atenção às mulheres devem investir na prevenção e em campanhas que visem desmistificar e resignificar mitos e tabus, visando o aperfeiçoamento das intervenções técnicas e da dimensão simbólica construída na trajetória de ser dessas mulheres em relação a essa doença tão temida.