Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título O PROCESSO DE MORTE E MORRER NA ÓTICA DO PROFISSIONAL ENFERMEIRO
Autores
DAMID SILVA BOTELHO (Relator)
ANNE CAROLINE ARAUJO DE VASCONCELOS
LAURA CARDOSO SOARES MORAIS
JAIANY ALENCAR ROLIM GUALBERTO
RAIMUNDA BANDEIRA DE SOUZA
Modalidade Pôster
Área Ética e legislação em enfermagem
Tipo Pesquisa

Resumo
Tendo em vista que o hospital atualmente é o grande palco, onde a morte apresenta-se, vale ressaltar o trabalho do profissional enfermeiro, responsável pelo cuidado ao morto ou, ao que está morrendo. Nesse contexto houve o interesse em realizar essa pesquisa, cujo objetivo principal é investigar a percepção do profissional enfermeiro, perante o processo de morte e morrer, em suas atividades laborais. Optou-se por realizar uma pesquisa exploratória descritiva com abordagem qualitativa, em que se utilizou como instrumento de coleta de dados a entrevista semi-estruturada com cinco perguntas abertas sobre a temática. Fora desenvolvido, com os enfermeiros (as) que atendem em um Hospital de média e alta complexidade, referência para os demais municípios do Estado do Amapá, na cidade de Macapá-Ap. Trabalhou-se com as informações obtidas nas declarações dos sujeitos, constituindo-se com elas cinco categorias enfatizadas na pesquisa: A preparação dos enfermeiros para lidar com pacientes terminais; Comentários sobre a formação dos enfermeiros; Os sentimentos dos enfermeiros perante a morte eminente; Os mecanismos de defesa que os enfermeiros utilizam para lidar com a perda do paciente e; Os posicionamentos dos enfermeiros em relação à morte e o morrer. Os resultados encontrados demonstram que os enfermeiros se sentem preparados para lidar com pacientes no fim da vida, principalmente pela frequência rotineira com que ocorre na área hospitalar. No entanto, destacam que há certa limitação por consideram sua formação insuficiente para o trabalho com pacientes terminais ou mortos, havendo a necessidade de um maior enfatização desta no meio acadêmico, pois foi apontado frequentemente o sentimento de impotência diante da morte, além de tristeza, solidão, sensação de perdas, inquietação, nervosismo, estranheza. Enfim, diversas formas de respostas que manifestam instintivamente a forma como pensam sobre o morrer, às vezes mascaradas pelo cumprimento de protocolos e rotinas hospitalares diárias e repetidas, em que o preparo e a prática efetiva dos profissionais de enfermagem voltam-se, eminentemente, para uma prática calcada nos interesses da instituição. Necessitando da criação de mecanismos de defesa que os auxiliam na forma como lidam ou enfrentam a morte ou processo de morrer, como o fato de não procurarem se envolver afetivamente com os pacientes, nem levar pra casa suas angústias pessoais, restringindo ao ambiente hospitalar e ética profissional.