Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título ÍNDICES DE MORTALIDADE INFANTIL EM 2011 POR CAUSAS EVITÁVEIS NO BRASIL
Autores
MAYARA ANNANDA OLIVEIRA NEVES (Relator)
ANDRESSA TAVARES PARENTE
BRUNA RAFAELA DA SILVA SOUSA
THIAGO RAMOS DOS SANTOS
ELYADE NELLY IRIS ROCHA
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Os números de óbitos infantis vêm sofrendo um processo de regressão gradual nos últimos anos, no entanto, está aquém do esperado. As causas da mortalidade infantil são ocasionadas principalmente por causas evitáveis, como: imunoprevenção, atenção adequada à mulher na gestação e no parto e ao recém-nascido, tratamento e promoção à saúde. É importante reforçar a assistência pré-natal, considerando que a mesma compreende um conjunto de atividades com fins de identificar, o mais precocemente possível, riscos para o feto e para a mãe, favorecendo a implementação de uma assistência eficaz. OBJETIVOS: Identificar e analisar os índices de mortalidade infantil por causas reduzíveis no Brasil em 2011. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo, baseado em dados secundários do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e informações de manuais do Ministério da Saúde, realizado no período de abril a junho de 2012. RESULTADOS: O número de óbitos infantis notificados (masculinos e femininos) por todas as causas no Brasil em 2011 corresponderam a 39.154 casos, sendo que, 60,6% ocorreram por causas evitáveis; o índice mais elevado foi registrado na região Sudeste com 36,2%, seguida do Nordeste 33%, Norte 12,7%, Sul 10,6% e Centro-oeste com 7,5% óbitos notificados. No que se refere a número de óbitos segundo as causas evitáveis, foram identificados que 50% ocorrem por falta de atenção ao feto e ao recém-nascido, 17% negligência da assistência no parto, 13% por diagnóstico e tratamento inadequado, 12% pré-natal negligenciado ou não realizado e 7% por ações de promoção à saúde vinculada a ações de atenção materno-infantil. Estes índices reforçam o quanto uma assistência à saúde de qualidade disponibilizada nos serviços públicos ajudaria a modificar este atual e crítico estado da saúde infantil no Brasil. CONCLUSÃO: Os índices de mortalidade infantil ainda continuam elevados apesar de apresentarem regressão nos últimos anos e a falta de uma assistência à saúde prestada por profissionais qualificados são os principais fatores para que este cenário modifique-se. Haja vista que a queda significativa da mortalidade infantil é resultado de uma combinação de fatores para ampliação de políticas públicas de prevenção em saúde. Porém, o Brasil ainda está longe dos padrões dos países mais desenvolvidos, de cinco mortes por mil nascidos vivos ou menos.