Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO COM PESSOAS EM SOFRIMENTO MENTAL: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Autores
PRISCILLA MESQUITA CAVALCANTE (Relator)
VIOLANTE AUGUSTA BATISTA BRAGA
LORENA DAMASCENO ALVES
CAMILA DANTAS PEREIRA CHAVES
ANA PAULA SOUZA DE QUEIROZ
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Relato de experiência

Resumo
A práxis da Reforma Psiquiátrica faz parte do cotidiano de um bom número de profissionais de saúde mental tendo como vertente principal a desinstitucionalização e a assistência humanizada. A substituição progressiva dos manicômios por outras práticas terapêuticas e a cidadania do doente mental vem sendo objeto de discussão não só entre os profissionais de saúde, mas, também, em toda a sociedade. O objetivo desse trabalho é relatar a vivência de uma acadêmica de enfermagem na realização do relacionamento terapêutico com uma paciente de um Hospital Dia de Fortaleza-CE. O relacionamento terapêutico é uma ferramenta fundamental e de grande eficácia na prática do enfermeiro junto a pessoas em sofrimento mental. Ele consiste em uma série de interações entre o enfermeiro e o paciente, de forma que os dois sofrem modificações durante o processo. Para que essa ferramenta seja eficaz, é preciso que o profissional tenha conhecimentos científicos e habilidades para ajudar o paciente, além disso, é importante que o mesmo esteja disposto a interagir. Foram usadas técnicas de comunicação para facilitar essas interações, dentre elas, ouvir reflexivamente, fazer perguntas abertas, verbalizar dúvidas e aceitação e repetir a mensagem do cliente. Essa experiência mostrou a importância do relacionamento terapêutico para pacientes em sofrimento mental. Na assistência em saúde mental, o apoio é um fator fundamental, então, ficar ao lado do paciente quando este está passando por momentos de tensão emocional, confusão ou revolta, saber ouvi-lo, ajudá-lo na tomada de decisões e impor limites, quando necessários, são exemplos de medidas essenciais para uma assistência de qualidade. É fundamental que os profissionais de saúde que trabalham diretamente com essa clientela ofereçam um cuidado holístico e individualizado. Para isso, o profissional deve ter a sensibilidade e a competência de saber conversar e, algumas vezes, somente escutar o paciente, oferecendo uma assistência humanizada proporcionando, dessa forma, uma melhora na qualidade de vida e consequentemente, a reinserção desse paciente na sociedade.