INTRODUÇÃO: Mesmo com o desenvolvimento de tecnologias avançadas na área médica, o índice de infecções hospitalares e mortalidade continuam alarmantes. Devido a isso e à discrepância encontrada entre a teoria e a prática nas unidades de saúde, este estudo tem como relevância alertar para os riscos de infecção hospitalar e também para a sua prevenção. OBJETIVOS: Identificar o controle de microrganismos em uma unidade de saúde privada da cidade de Crato-CE comparando com o modelo ideal em cada área crítica. METODOLOGIA: Estudo qualitativo, descritivo e exploratório. Realizado em instituição privada de saúde da cidade de Crato-CE no período de 23 de julho a 23 de agosto de 2011, constando em quatro visitas para a coleta de dados. A população consistiu na totalidade do hospital e a amostra àquelas áreas mais susceptíveis à infecção, bem como os profissionais que nelas atuam. A observação direta e diálogo com a enfermeira-chefe da instituição foram os instrumentos de coleta. RESULTADOS: Na UTI não havia controle do fluxo de pessoas, os profissionais não atendiam ao uso adequado dos Equipamentos de Proteção Individual e o armazenamento de materiais perfuro-cortantes era incorreto. A lixeira com material contaminado estava quebrada e com o saco do lixo preto ao invés do branco. A estrutura do Centro de Material de Esterilização apresentou-se bem delineada, porém a auxiliar de enfermagem responsável pelo local não utilizava os EPI’s de forma adequada, além de usar anéis e unhas com esmalte. A cozinha tinha paredes com azulejos, porém os cantos não eram arredondados e não havia uso de papel toalha para a secagem das mãos. Referente à lavanderia e ao lixo, a primeira apresentava aspecto de má conservação e pequeno espaço, e a coleta de lixo era terceirizada. A CCIH não era atuante, porém já tentavam uma reestruturação da mesma com uma enfermeira e um médico na coordenação. CONCLUSÃO: Percebeu-se a importância do controle de microrganismos, por serem os responsáveis pela propagação de infecções hospitalares, e que para a eficácia deste processo é necessário o uso correto dos métodos e agentes de controle, bem como a segurança dos profissionais da saúde, pois são veículos disseminadores e agentes susceptíveis a tais infecções. Além disso, a ausência da CCIH na instituição influenciou no funcionamento adequado do hospital, sobretudo para a garantia de uma recuperação segura e eficaz do paciente. |