Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título COMPREENDENDO OS AVANÇOS NA SAÚDE MENTAL: CONHECIMENTO VEICULADO NA LITERATURA
Autores
MARIA NADYA BARBOSA DA SILVA (Relator)
LIDYANE DE SOUSA CALIXTO
GARDIELLE DAYANE BERNARDINO ANDRADE
JAQUELINY RODRIGUES SOARES
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Introdução: A história de saúde mental apresenta uma longa trajetória em nosso país, envolvendo personagens, estratégias, movimentos e discussões. No período da década de 70 surge a Reforma Psiquiátrica, emergindo questionamentos sobre os tratamentos realizados em hospitais psiquiátricos, os quais se caracterizavam pela inexistência de uma estrutura institucional, bem como pelo despreparo por parte dos profissionais que atendiam esses pacientes. Porém, em meados dos anos 80 teve início a discussão e implementação da Política de Saúde Mental nos serviços públicos do Brasil, cujo objetivo maior era expor propostas antimanicomiais, já que esse antigo sistema era considerado um sistema de exclusão social. Objetivo: Identificar e discutir, através da literatura científica, os principais avanços no campo da saúde mental dos primórdios aos dias atuais. Metodologia: Para alcance do objetivo proposto realizamos um estudo bibliográfico, descritivo, respaldado na literatura pertinente ao tema em destaque. Foram selecionados no período de janeiro a abril de 2012, 15 artigos publicados entre 2000 a 2011, nas bases de dados LILACS e SciELO, com os seguintes descritores: Saúde Mental; Reforma psiquiátrica; Antimanicomial. Resultados: A Reforma Psiquiátrica organizou-se nos pressupostos da Reforma Sanitária. Amparada pela lei 10.216/2001, se constituiu como conquista de uma luta social que durou 12 anos. Amplas mudanças no atendimento público em Saúde Mental ocorreram, garantindo o acesso da população aos serviços e o respeito a seus direitos e liberdade. Esse contexto engloba a estruturação do modelo de tratamento: no lugar do isolamento, o convívio na família e na comunidade. O atendimento passou a ser realizado nos CAPS, ambulatórios, Hospitais Gerais, Centros de Convivência e as internações, quando necessárias, são feitas em hospitais gerais ou nos CAPS/24 horas. Essa nova Política de Saúde Mental foi elaborada visando proporcionar a melhoria no atendimento dos serviços, transformando a assistência ao portador de distúrbio mental, que antes era individual, em uma assistência coletiva, enfatizando a necessidade de um olhar redirecionado ao cliente de maneira holística e integralizada. Conclusão: Diante do exposto, é notório que as transformações ocorridas levaram a substituição do modelo manicomial pelos serviços humanizados pautados numa nova cidadania e ética, voltada para reciprocidade entre direitos e deveres, atentando às formas de não exclusão social.