Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título CARACTERIZAÇÃO SOCIODEMOGRÁFICA DE IDOSOS PIAUIENSES EM ACOMPANHAMENTO AMBULATORIAL
Autores
MARIA ALINE GONÇALVES DE HOLANDA (Relator)
SHÉLIDA SILVA SOUSA
POLIANA DOS SANTOS OLIVEIRA
ANA CIBELE PEREIRA SOUSA
ANA LARISSA GOMES MACHADO
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A população idosa, segmento que mais vem crescendo em todo mundo, é mais vulnerável ao surgimento de dependência, uma vez que o aumento da expectativa de vida acarreta maior incidência de doenças que levam essa população à perda gradativa da capacidade funcional. OBJETIVO: Caracterizar o perfil socioeconômico e a história de saúde de idosos acompanhados na atenção primária. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo-exploratório realizado no período de junho de 2010 a junho de 2011, em uma Unidade de Saúde da Família do município de Picos - PI, com amostra de 100 pessoas. O instrumento utilizado para coleta de dados permitiu traçar um perfil de saúde multidimensional do idoso. Os dados foram coletados no período de março a abril de 2011 nos domicílios de idosos cadastrados no HIPERDIA. Os dados foram digitados e analisados utilizando o programa estatístico SPSS (StatiticalPackage for the Social Sciences) versão 17.0. A apresentação dos achados foi feita por meio de tabelas ilustrativas. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, com protocolo nº 0444.0.045.000-10. RESULTADOS: Os participantes do estudo eram predominantemente do sexo feminino (65,0%), estavam na faixa etária entre 66 a 71 anos (34,0%), possuíam entre 2 a 4 filhos (40%) e não sabiam ler e escrever (47,0%). Quanto ao estado civil dos entrevistados, verificou-se que 57% eram casados e 33% viúvos, sendo que estes moravam com os filhos ou demais parentes. Quanto à morbidade, 90% apresentavam alguma doença, predominando a hipertensão arterial, seguida por artrite e problemas na coluna. Percebeu-se que 89% dos idosos não apresentavam incapacidade física; 38% tinham a auto-percepção da visão regular e 42% classificaram sua acuidade auditiva como boa. CONCLUSÃO: Verificou-se que a maioria dos idosos investigados possuía hipertensão e baixa escolaridade. Como se sabe, ambas as condições favorecem maior dependência quando ocorrem complicações decorrentes de agravos cardiovasculares nessa população. Dessa forma, conhecer as características sociais e clínicas desse grupo permitiu traçar o diagnóstico de saúde e planejar práticas que atendam às reais demandas de cuidado e acompanhamento ambulatorial. O enfermeiro atuante na atenção primária deve estar apto a promover ações que estimulem a autonomia e independência desses idosos no domicílio, em vista do crescente número de pessoas idosas potencialmente em risco de tornar-se dependentes para o autocuidado.