Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título MINHA VIDA EM UMA MÁQUINA: UM ESTUDO REPRESENTACIONAL DOS PACIENTES QUE VIVENCIAM A HEMODIÁLISE
Autores
TALITA MARIZ ROCHA (Relator)
JEANE FÉLIX DANTAS
MAURA VANESSA SILVA SOBREIRA
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Monografia

Resumo
Nos últimos tempos, muitos brasileiros tiveram que se submeter ao sacrifício da hemodiálise, principalmente em função do aumento na incidência de doenças crônicas como a hipertensão, o diabetes e a Insuficiência Renal Crônica – IRC. Sendo o processo de aceitação da doença renal acompanhado de diversos sentimentos, conflitos, medo e incerteza. Esta pesquisa teve como objetivo analisar as representações sociais de pacientes diante do tratamento de hemodiálise na Clínica do Rim de Caicó/RN. Trata-se de uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa que atendeu aos critérios da Resolução 196/96 e foi submetido ao CEP/UERN com protocolo de aprovação nº003/11, realizado com 43 pacientes, os dados constituíram categorias de análise, seguindo a análise de discurso do sujeito coletivo proposta por Lefèvre, optando-se pelo caminho teórico metodológico das representações sociais. Para a coleta dos dados foi utilizado uma entrevista semi estruturada. Os resultados mostraram que 30% da amostra se enquadra entre 51 a 59 anos, prevalecendo o sexo masculino, a taxa de fecundidade está entre 1 a 2 filhos, a taxa de analfabetismo foi maior entre as mulheres, a renda mensal de um salário predominou em ambos os sexos, os pacientes são oriundos de 21 municípios. Quanto ao tempo de tratamento, dominou um período de 12 a 72 meses, 74% iniciaram de urgência, as causas principais que contribuíram para desencadear a IRC, foram: hipertensão, diabetes, infecção, rins policísticos, nefrite, lúpus, cistos e multicausalidade, 74,4% não tinha nenhum tipo de conhecimento a cerca da hemodiálise. A percepção do tratamento após o início: melhorou a concepção, consegue viver mesmo dependendo da máquina, ambivalência de sentimentos e não modificação. Sentimentos de frequentar o centro de diálise: necessidade de sobrevivência/obrigação e rotina/hábito. Aos relacionamentos interpessoais 93% não recebem tratamento diferenciado ou preconceituoso. Os pacientes sugeriram melhorar a alimentação, estrutura física e material, atendimento e aumentar recursos humanos, mas houve satisfação quanto a esse aspecto. A experiência/vivência sobre o tratamento em hemodiálise revelou dificuldade de conciliar trabalho e tratamento, continuidade dos afazeres domésticos, mudança na vida social, inalteração da vida e melhora no aspecto saúde. Espera-se que haja melhora no entendimento/compreensão quanto a hemodiálise, na qualidade do serviço, e encorajamento aos indivíduos para enfrentar as situações estressoras.