Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título MORTALIDADE POR CAUSAS EXTERNAS NA BAHIA E EM SALVADOR
Autores
TATIANE DE SOUZA MANÇÚ (Relator)
LIDIA CINTIA DE JESUS SILVA
LILIAN FÁTIMA BARBOSA MARINHO
MAIARA DE MENEZES RABELO
SILVANEIDE FERREIRA DOS SANTOS
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
O termo causas externas, de acordo com a 10ª Revisão da Classificação Internacional de Doenças (CID) refere-se aos fatores externos ao organismo humano que provocam lesões, envenenamento ou efeitos adversos ao homem. No Brasil, tem sido verificada uma maior ocorrência em óbitos por causas externas em pessoas jovens e residentes em regiões metropolitanas. Dentre os fatores determinantes destacam-se: a elevada desigualdade socioeconômica, pobreza, enfrentamentos raciais, mudanças na estrutura familiar, tráfico de drogas e outros. (Opas, 1990, 1994; Dados, 1985, 1990; Souza, 1994). Este trabalho tem como objetivo descrever a evolução da mortalidade por causas externas em residentes na Bahia e em Salvador e analisar os diferenciais segundo as variáveis sexo e cor/raça, no período de 2000 a 2009, através de um estudo descritivo com abordagem quantitativa. Utilizou-se dados de óbitos e de população disponíveis no Datasus (Ministério da Saúde). Os resultados indicam como grupo de risco, os homens residentes tanto em Salvador quanto no estado da Bahia, apresentando as maiores taxas de óbitos durante os 10 anos pesquisados. Houve pouca oscilação nos anos de 2003 para 2004 com uma leve queda no numero de óbitos de apenas 0,9% de um ano para o outro. Porém, voltando a crescer em 2009 com uma taxa de 137 a cada dez mil habitantes. A mortalidade proporcional segundo cor/raça vem aumentando na população preta e parda, alcançando em 2009, 75.8% na Bahia e 77,8% em Salvador enquanto a população branca que obteve apenas 9% neste mesmo período. Desta forma, os resultados deste estudo ratificam outros achados que referem a elevada vulnerabilidade social da população negra (parda/preta), com impacto na morbimortalidade. Conclui-se que o governo, universidades, empresas e a sociedade em parceria necessitam adotar medidas para melhorar o acesso à: educação, saúde, segurança, infraestrutura e geração de empregos. Assim, será possível promover ações visando eliminar e/ou minimizar os fatores de risco na busca contínua de soluções para garantir o bem estar da população e redução desses índices.