Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título A FAMÍLIA COMO BASE PARA SUPERAÇÃO DE CRISES: EXPERIÊNCIA DE FAMILIARES CUIDADORES DE PACIENTE ESQUIZOFRÊNICO
Autores
FABIANA SOUZA ANTÃO DE CARVALHO (Relator)
ANA KARLA SOUSA DE OLIVEIRA
ANA BEATRIZ SOUSA NUNES
JAYNE RAMOS ARAÚJO MOURA
JACKSON DE MOURA MARTINS
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Relato de experiência

Resumo
A família representa à base do tratamento do seu familiar em sofrimento psíquico, entretanto, as alterações na vida e a sobrecarga sentida pelos familiares cuidadores de pacientes psiquiátricos, seja ela objetiva e/ou subjetiva, dificulta a capacitação das famílias em conviverem com um membro com doença crônica, dependendo assim das fortalezas que possui, dos laços de solidariedade que agrega e da possibilidade de solicitar apoio das outras pessoas e instituições.Diante disso, o presente estudo objetivou descrever e analisar criticamente uma experiência de observadora e participante no processo de atuação de familiares a um paciente esquizofrênico. Trata-se de um estudo do tipo relato de experiência, cuja análise foi produzida após crises seguidas e conturbadas de um familiar durante 3 anos, com consequências profundas aos familiares cuidadores, como: alteração da rotina e dos projetos de vida, diminuição da vida social, hipervigilância para com o paciente, maiores gastos financeiros, sono conturbado, além de distúrbios emocionais e sentimentos negativos. Como resultado observou-se uma enorme vulnerabilidade dos familiares cuidadores sofrerem também algum sofrimento psíquico elevado devido os constantes sentimentos de insegurança e medo na tentativa máxima de não apelar para altas doses de remédio e/ou internação. Contudo, a internação não foi evitada, mesmo com as altas doses de remédio prescritas pelo próprio médico, resultando numa notável piora inicial do quadro. Após a família poder acompanhar o paciente durante a internação, o mesmo relatava sentir-se melhor e mais seguro com uma melhora satisfatória e, consequentemente os familiares cuidadores encontraram “forças renovadoras” na continuação do tratamento e superação da crise. Conclui-se que a experiência vivenciada permitiu perceber a importância da família em relação ao sujeito em sofrimento psíquico e à terapêutica, mas infelizmente, também é importante ressaltar a precária qualidade de vida do familiar cuidador, necessitando por parte dos dispositivos em saúde mental, de estratégias que viabilizem o apoio, a orientação e a preparação das famílias no tocante ao gerenciamento do cuidado ao portador de esquizofrenia em prol de tratamentos eficazes e menos dolorosos.