Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS DOENÇAS SEXUALMENTE TRANSMISSÍVEIS EM MULHERES PROFISSIONAIS DO SEXO
Autores
GIVALDO ALVES DE SOUSA (Relator)
FLÁVIO EVANGELISTA E SILVA
DIEGO DE SOUSA PONTES
CAMILLA JANNE DA SILVA BERNARDES
MYCHELANGELA DE ASSIS BRITO
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
As doenças sexualmente transmissíveis (DSTs) são importante problema de saúde publica não somente pela morbidade, mas pelas consequências socioeconômicas, pois afetam as classes menos favorecidas da população. A prostituição feminina é um dos ofícios mais remotos e, ainda hoje, estas mulheres têm dificuldades de acesso aos sistemas de saúde, o que as torna especialmente vulnerável as DSTs. Esta pesquisa teve por objetivo relacionar as DSTs mais prevalentes entre as mulheres profissionais do sexo, por meio de revisão.Trata-se de um estudo bibliográfico descritivo. A pesquisa foi realizada no banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde, sendo adotados como critério de inclusão: artigos que abordem o tema, descritores “doenças sexualmente transmissíveis”, “mulheres” e “profissionais do sexo”, estar escrito em idioma português e disponíveis na íntegra. Foram encontradas 25 publicações com o descritor “profissionais do sexo”, sendo 23 artigos científicos, dez textos completos e apenas três relacionados à DSTs nesta população; publicados entre 2004 e 2009. A idade variou entre 18 e 54 anos.A maioria intitulava seu estado civil como solteira e sem filhos. A cor da pele declarada pelas mulheres era, na maioria, branca. Quanto à escolaridade, a maior parte atingiu apenas o nível fundamental; havendo associação entre nível de escolaridade e ocorrência de DSTs. A maioria relatou o uso de preservativos masculino pelo parceiro, em todas as relações sexuais, enquanto a menor parte deixava de usar em algumas relações por confiança no parceiro. A maioria eram usuárias de algum tipo de droga, tais como tabaco, álcool, cocaína e maconha. O motivo alegado pelo uso de bebidas alcoólicas estava relacionado à falta de perspectivas em relação à vida. Embora a maioria estivesse trabalhando a mais de um ano, não houve associação entre tempo em serviço e ocorrência de DSTs. A maioria tinha rendimentos de até 400 dólares, havendo associação entre baixa renda e ocorrência de DSTs. As DSTs mais prevalentes foram AIDS, sífilis, hepatite B, tricomoníase, candidíase, vaginose bacteriana. Pode-se descrever a epidemiologia das DSTs entre as profissionais do sexo como ocorrentes entre 18 e 54 anos de idade, prevalentes em mulheres solteiras, brancas, apenas com o nível fundamental de escolaridade, usuárias de algum tipo de droga (lícita ou não); acometidas, principalmente, pelas DSTs: AIDS, sífilis, hepatite B, tricomoníase, candidíase e vaginose bacteriana.