Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE SUICIDAS NO BRASIL
Autores
LARYSSA DE SOUSA TÔRRES (Relator)
JENS GEORG NETO
GIVALDO ALVES DE SOUSA
FLÁVIO EVANGELISTA E SILVA
MYCHELANGELA DE ASSIS BRITO
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
O comportamento suicida cobre toda a gama de pensamentos suicidas, considerando desde a ameaça ou tentativa, até a concretização do ato de autoextermínio. O suicídio envolve os mais diversos aspectos sociais, culturais, genéticos, psicológicos, filosóficos-existenciais e ambientais; porém, cerca de 90% dos casos, está associado a desordens mentais. Desta forma, faz-se necessário o conhecimento a cerca destes fatores epidemiológicos. Esta pesquisa teve por objetivo, caracterizar epidemiologicamente os suicidas brasileiros, por meio de revisão. Trata-se de um estudo bibliográfico descritivo. A pesquisa foi realizada no banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde, sendo adotados como critério de inclusão: artigos que abordem o tema, descritores “epidemiologia”, “tentativa de suicídio” e “suicídio”, estar escrito em idioma português e disponíveis na íntegra. Foram encontrados 17 artigos, publicados entre 2004 e 2010. Em relação ao sexo, a prevalência é muito variável: predominam as mulheres entre idosos e adolescentes e homens entre estudantes, presidiários e teresinenses. As faixas etárias prevalentes variam entre 15 a 24, 15 a 34, 15 a 19 e 20 a 29 anos de idade. Entre os idosos, a média é de 69 anos. Um único estudo relacionou a prevalência de suicidas de cor branca. O predomínio é de mais de 50% de solteiros. A ocupação mais frequente foi a de estudante, seguida por trabalhadoras do lar; com nível de escolaridade entre os níveis fundamental e médio. Relacionando as zonas rural e urbana, o maior potencial de exposição a agrotóxicos dos trabalhadores rurais, pode explicar o alto número de notificações de tentativa de suicídios e óbitos devido ao uso desses produtos. Os estudos citam como fatores de risco: humor depressivo, conduta agressiva, conflitos amorosos, uso/abuso de álcool e diagnóstico de esquizofrenia. O enforcamento é o método suicida mais frequente, com prevalência variando entre 52 e 75% dos casos. Conclui-se, então, que o perfil do suicida brasileiro varia de acordo com sexo e idade, mas predominam brancos, solteiros, estudantes; caracterizando tal evento ocorrendo principalmente por enforcamento.