Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título SÍFILIS CONGÊNITA: UM IMPORTANTE INDICADOR DA QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE
Autores
AMANDA PAMPONET BRANDÃO DE CERQUEIRA (Relator)
CAMILLA DE SOUZA CERQUEIRA
GEOVANIA BRANDÃO DE OLIVEIRA
MICHELE TEXEIRA OLIVEIRA
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
Conceitua-se sífilis como uma doença infecto-contagiosa sistêmica, de evolução crônica, dividida em evolução primária, secundária e terciária. A sífilis congênita é classificada como a infecção do feto, via hematogênica pelo Treponema Pallidum, seu agente etiológico. A infecção do feto pode ocorrer em gestantes inadequadamente tratadas, ou não tratadas, em qualquer fase gestacional, ou estágio clínico da doença. Embora em 2005 tenha sido instituído como um agravo notificável, estudos evidenciam a falha na notificação, conseqüentemente, na atuação da vigilância, inviabilizando assim o monitoramento da transmissão vertical. As inúmeras patologias associadas à sífilis congênita provocam no feto alterações morfofisiológicas que podem levá-lo ao óbito. O presente trabalho objetiva verificar a assistência de saúde prestada às gestantes com sífilis. O estudo está pautado em uma revisão literária, de caráter exploratório, embasado em livros e artigos científicos encontrados na base eletrônica de dados do SCIELO e LILACS, tendo como descritores “sífilis congênita”, “saúde pública” e “sífilis”, utilizou-se também sítios de pesquisa vinculados ao Ministério de Saúde (MS). Foram encontrados 09 artigos, cujo critério de inclusão foi a interação sífilis congênita com os serviços de saúde. Frente aos achados, constatou-se que em 2007 o MS lançou o Plano Operacional para Redução de Transmissão Vertical do HIV e da Sífilis, que objetivava capacitar os profissionais, bem como estabelecer metas na redução, controle e prevenção. Porém estudos evidenciam que a realidade das unidades de saúde é contrária a essa política, pois há falhas na prevenção, e difícil detecção precoce. Portanto, a ocorrência de casos novos de Sífilis Congênita é considerada como um importante indicador da assistência prestada pela equipe de saúde na atenção básica, uma vez que o exame capaz de detectar a presença do agente etiológico deve ser solicitado na primeira consulta de pré-natal. Atualmente o Brasil ainda apresenta um panorama com números expressivos de casos novos. Tal realidade deve ser modificada por meio de capacitação dos profissionais e controle de incidência. Deve-se também promover salas de espera a fim de sensibilizar a comunidade na importância do acompanhamento no pré-natal. Diante do exposto, é relevante ressaltar a importância da práxis pautadas nos protocolos ministeriais, pois estes visam direcionar os profissionais a uma assistência efetiva, em busca da excelência no cuidado.