Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título TRANSPLANTE EM CRIANÇAS COM DOENÇA RENAL CRÔNICA: ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA
Autores
LARA MARTINS DIAS (Relator)
ISLENE VICTOR BARBOSA
RITA MÔNICA BORGES STUDART
ANNE KAYLINE SOARES TEIXEIRA
CAMILO REUBER DE SOUSA SOARES
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
A doença renal crônica (DRC) é uma deterioração progressiva e irreversível da função renal. A etiologia da DRC na infância leva a insuficiência renal terminal antes dos seis anos de idade. O transplante renal é um procedimento de substituição da função renal em adultos, adolescentes e crianças quando estas apresentam qualquer anormalidade que possa causar a perda de sua função. OBJETIVOS: Traçar o perfil epidemiológico de crianças e adolescentes submetidas a transplante renal. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo descritivo, documental e retrospectivo desenvolvido em um hospital em Fortaleza, tendo sido aprovado por comitê de ética de protocolo 070705/10. RESULTADOS: Com o intuito de caracterizar os receptores renais pediátricos da unidade de transplante do HGF, realizou-se a distribuição dos participantes em relação à: Ao sexo: 26 (52%) eram do sexo masculino, 24 (48%) do sexo feminino que equivale a um total de 50 (100%) pacientes. Já os dados referidos a idade: 7 (14%) dos pacientes tinham de 3 a 6 anos, 12 (24%) de 7 a 10 anos, 14 (28%) de 11 a 14 anos, 17 (34%) de 15 a 17 anos. Já quando incluímos o tipo de doador, temos 5 (10%) de doadores falecidos, 45 (90%) de doadores vivos. Em analogia a causa da doença renal crônica, foi visto que 15(30%) era de causa indeterminada, 19 (38%) era por conta da glomerulonefrite, 7 (14%) devido a uropatia obstrutiva e 9(18%) outras causas. Referido ao tempo de diálise antes do tranplante, 6(12%) das crianças nunca dialisaram, 18(36%) dialisou até 12 meses, 7(14%) de 13 a 24 meses e 19(38%) mais de 24 meses. Segundo status de CMV (citomegalovírus), os dados mostram que há uma predominância de 46(92%) no número de doadores que apresentaram status sorológico para Citomegalovirus (CMV) reagente em relação aos que não eram reagentes 4(8%).O número de receptores com CMV reagente também se apresentou alto, com uma diferença de 41(82%) sobre os não reagentes 9 (18%).Em relação ao antígeno leucocitário humano (HLA), idêntico 1 (2%), haplo idêntico 23 (46%), menos de 3 identidades 21 (42%), nenhuma identidade 5(10%). Considerando uso de anti-hipertensivos pré-transplante, 27(54%) faziam uso e 23 (46%) não faziam uso destes medicamentos. Já no pós-tranplante, 18(36%) utilizavam essas medicações e outros 32 (64%) não faziam uso. CONCLUSÃO: O transplante renal é a forma ideal de tratamento para estas crianças que apresentam doença renal crônica. E requer um acompanhamento de profissionais e familiares para uma boa recuperação.