Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título CRIANÇAS EM SITUAÇÃO DE RUA: VULNERABILIDADE ÀS DROGAS ILÍCITAS
Autores
MARCOLIANO PEREIRA COSTA (Relator)
MARCELLA ALVES DA PAZ
LUAN EUSTÓRGIO TEIXEIRA
LEVITEMBERG DA COSTA ALMEIDA MORAES
JOSÉ WICTO PEREIRA BORGES
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
Existem cerca de 80 milhões de crianças em situação de rua no mundo, 40 milhões delas vivendo na América Latina e, dessas, metade, no Brasil. Uma criança de rua que não alcançou a idade adulta e para quem a rua tornou-se sua habitual fonte de vida e que é inadequadamente protegida, supervisionada ou orientada por adultos responsáveis, tornam-se potencialmente vulneráveis ao uso de drogas ilícitas. Esta pesquisa objetivou rever na literatura os fatores que conduzem à vulnerabilidade de crianças em situação de rua à drogas ilícitas. Trata-se de um estudo bibliográfico descritivo. A pesquisa foi realizada no banco de dados Biblioteca Virtual em Saúde, com os descritores “menores de rua”, “criança” e “drogas ilícitas”. Os critérios de inclusão adotados foram: artigos que abordem o tema, escrito em português e disponíveis na íntegra. Foram encontrados 78 textos com o descritor “menores de rua”, 75 em idioma português, sete relacionados ao uso de substâncias e apenas dois expostos na íntegra; publicados em 2002 e 2009. Os artigos apresentam que as crianças de rua caracterizam-se por: atividade de esmolar, perambular, brincar ou dormir na rua; sexo masculino; cor branca; não alfabetizado; participou de algum programa de apoio à criança e/ou adolescente; é usuário de algum tipo de droga ilícita. São vários os fatores que favorecem o uso de drogas entre esse segmento da população, como a má distribuição de renda, a extrema pobreza, a necessidade do trabalho infantil para sobrevivência e a vulnerabilidade da estrutura familiar. Diante da complexidade desses fatores, os serviços isolados, ainda que específicos para atendimento de crianças e adolescentes em situação de rua e uso de drogas, têm-se mostrado inadequados. Essa revisão demonstra ser um tema bastante complexo, que necessita de uma maior abordagem e pesquisas que subsidiem um melhor planejamento e ações de políticas públicas para essas pessoas. Diante disso, é fundamental ressaltar a responsabilidade dos profissionais de saúde para a diminuição da desfiliação social e redução das desigualdades sociais deste grupo.