Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título MÃE, COMPRA PRA MIM: A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO COMPORTAMENTO ALIMENTAR INFANTIL
Autores
LÚCIA DE FATIMA RODRIGUES DE OLIVEIRA (Relator)
GABRIELE MARIA DANTAS DINIZ
AVERLÂNDIO WALLYSSON SOARES DA COSTA
CLÁUDIA ISABEL SILVA CARLOS
TIAGO DINIZ GURGEL
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
As transformações ocorridas na sociedade influenciadas pelo capitalismo, nos últimos tempos, têm levado a mudanças no estilo de vida das famílias brasileiras. A violência e a falta de tempo dos pais fazem com que as crianças passem muitas horas em frente à televisão e aos computadores, expostas às pressões publicitárias, em especial a das indústrias alimentícia, interferindo direta e indiretamente no processo saúde/doença, sendo esta exposição um dos fatores que explica o crescimento do índice de obesidade na infância. Objetivou-se com esse trabalho refletir sobre a influência que a mídia exerce nos hábitos alimentares infantis bem como o papel regulador do Estado na publicidade destinada a esse público. Trata-se de uma revisão de literatura. Para sua construção utilizou-se a base de dados Scielo e a Biblioteca Virtual de Saúde-BVS na localização de artigos referentes à temática, além da legislação brasileira referente a propagandas e dados estatísticos do IBGE. Visto a importância dada à mídia como meio de comunicação da sociedade moderna, o setor econômico utiliza-a para vender os mais variados produtos, inclusive, alimentícios. Deste modo, são veiculados diariamente textos publicitários de alimentos não saudáveis direcionados às crianças, geralmente associando brindes e brinquedos a alimentos de baixo teor nutricional. A exposição maciça aos meios de comunicação midiáticos influencia na construção de hábitos alimentares dessa clientela, contribuindo para o aumento de doenças crônicas nessa fase, tais como a obesidade infantil. A legislação que regula tais propagandas específicas às crianças é recente (aprovada dia 9 de julho de 2011) e deixa inúmeras lacunas na regulamentação da propaganda e publicidade de alimentos com quantidades elevadas de açúcar, gordura saturada, gordura trans e sódio, evidenciando a negligência do Estado no seu papel de regulador e supervisor no cuidado a saúde para esse público. A partir das referencias analisadas, conclui-se que a exposição dos infantes às propagandas influencia na escolha alimentar destes, já que as crianças ainda se encontram em processo de formação de seu hábito alimentar e por ter menos capacidade para perceber o poder persuasivo da mídia publicitária, como foco no gênero alimentício, tornando-se, por conseguinte, mais vulneráveis. Cabe, portanto, ao Estado a responsabilidade de disponibilizar meios efetivos de fiscalização e restrição de produtos e propagandas inadequados ao público infantil.