Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título REPERCUSSÕES HEMODINÂMICAS DA MORTE ENCEFÁLICA EM POTENCIAIS DOADORES DE ÓRGÃOS E TECIDOS PARA TRANSPLANTE
Autores
RHAYSSA DE OLIVEIRA E ARAÚJO (Relator)
IZAURA LUZIA SILVÉRIO FREIRE
SARAH GABRIEL FREIRE
MARJORIE DANTAS MEDEIROS MELO
GILSON DE VASCONCELOS TORRES
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A Morte Encefálica (ME) é definida como o déficit estrutural e/ou funcional do encéfalo como órgão de função integradora e critica do organismo humano. A sequência de eventos durante tal fase repercute significativamente sobre o processo de transplante, tornando-se um claro fator de risco para o receptor. Ela se constitui de um processo complexo que altera a fisiologia de todos os sistemas orgânicos e envolve uma serie de perturbações neuro-humorais cíclicas, que incluem alterações bioquímicas e celulares, as quais conduzem a disfunção múltipla de órgãos, repercutindo na qualidade destes para o transplante. Tanto as alterações iniciais quanto as tardias influenciam na viabilidade dos órgãos, pois comprometem sua perfusão, aumentando a lesão isquêmica. OBJETIVO: Descrever as repercussões hemodinâmicas decorrentes da ME em potenciais doadores (PD) de órgãos e tecidos para transplantes. METODOLOGIA: Estudo exploratório descritivo com dados prospectivos e abordagem quantitativa realizado nas Unidades Emergência e Terapia Intensiva Adulto do Hospital da Restauração (HR), em Recife/PE no período de abril a outubro de 2011. A população constou de 32 PDs de órgãos e tecidos para transplantes. Após aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa (nº 0026.0.102.000-11), os dados foram coletados, tabulados e analisados pela estatística descritiva pelo software SPSS 15.0. RESULTADOS: A maior parte dos PDs era do sexo masculino (65,6%), com média de idade de 35 anos, procedentes da região metropolitana de Recife (56,3%), internados no setor de emergência (59,4%), com diagnóstico de TCE (43,7%). Quanto aos resultados das doações, observa-se que a maioria dos PDs foram não doadores (65,6%). A principal causa de não efetivação da doação foi a parada cardíaca (61,9%). As repercussões hemodinâmicas encontradas foram: hipotensão arterial (100%), hipotermia (75,0%), hipernatremia (62,5%), diabetes insipidus (37,5%), hiperglicemia (32,3%), infecção (25,0%), hipertensão arterial (9,4%) e úlcera de córnea (3,1%). CONCLUSÃO: O conhecimento das repercussões hemodinâmicas ocasionada pela ME possibilita à equipe de saúde direcionar o cuidado ao PD segundo as suas necessidades e, assim, manter o órgão/tecido viável para transplante.