Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título O IMPACTO DO SOFRIMENTO MENTAL NO SEIO FAMILIAR: UMA REVISÃO INTEGRATIVA
Autores
AMURAB SANTIAGO DE CARVALHO MENDES (Relator)
MARLUZA GREYCE CELLA
CAMILA GERDANE DE SOUSA SANTOS
JARDELINY CORRÊA DA PENHA
ANA KARLA SOUSA DE OLIVEIRA
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: O sofrimento e as alterações mentais sempre despertaram sentimentos antagônicos no meio científico e nas sociedades. Muito já se sabe a respeito das angústias psíquicas, mas ainda há um grande caminho a ser percorrido. Hodiernamente, a família da pessoa em sofrimento psíquico deixou de ser culpabilizada pelo aparecimento deste mal, passando agora a ser vista como um dos principais meios para a recuperação e a reinserção social desses sujeitos. OBJETIVO: Identificar nas publicações científicas, do período de 2007 a 2011, a ocorrência de alterações sociais, afetivas e laborais em famílias que convivem com um sofredor psíquico. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa desenvolvida a partir da coleta de estudos nos bancos de dados LILACS e BDENF, e norteada pela seguinte questão: Os familiares de sofredores mentais sofrem alterações sociais, afetivas e laborais? Os descritores utilizados, em diferentes combinações, foram: saúde mental, família e percepção. Foram encontrados ao todo 21 artigos científicos, mas destes, somente 13 obedeciam aos critérios de inclusão. RESULTADOS: Viu-se nas publicações que a família que possui uma pessoa em sofrimento mental em seu seio, também acaba por desenvolver inúmeras alterações de cunho afetivo, sentimental, econômico, de trabalho e principalmente social. Ainda hoje, a grande maioria das famílias que buscam ajuda para algum ente em sofrimento psíquico, praticamente depositam todas as suas esperanças em recuperar aquele indivíduo nas mãos dos profissionais, pouco participando dos processos de recuperação e ressocialização dessas pessoas. A não comunhão entre profissionais, o doente, a sociedade e a família, tão sonhada e almejada pelos militantes da saúde mental brasileira, dificulta a reintegração destas pessoas na sociedade e nas suas próprias estirpes. CONCLUSÃO: Ficou evidente a necessidade de um melhor suporte para os familiares que sofrem devido a presença de uma pessoa com dificuldades mentais no seu interior. A estigmatização ainda perdura, mesmo entre os próprios familiares do doente, e é papel dos diferentes profissionais que compõe a rede de atenção em saúde mental informar e orientar todos os integrantes e as pessoas que mantêm contato contínuo com esses sujeitos, para que seja possível uma integração de cuidados. Isso requer um planejamento mútuo das ações a serem desenvolvidas em prol da recuperação desses indivíduos.