Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título VULNERABILIDADE DE GÊNERO COMO DETERMINANTE PARA INFECÇÃO DE MULHERES POR DST/AIDS
Autores
NATALIA REJANE DE ALMEIDA (Relator)
ANNA FLAVIA MARTINS DINIZ
MILENA DUARTE DE MACEDO
JANK LANDY SIMOA ALMEIDA
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: As doenças sexualmente transmissíveis (DST) e a AIDS são de ampla distribuição em todo o mundo; no cenário epidemiológico as mulheres encontram-se em situação de grande vulnerabilidade não somente em função de comportamentos sexuais sem proteção efetiva, mas sim, e também, em decorrência das influências de gênero e características socioculturais. OBJETIVOS: Explicar, sob a ótica de gênero, fatores determinantes da vulnerabilidade feminina para contrair DST/AIDS. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão sistematizada, realizada em maio/junho de 2012, na qual foram selecionados 10 artigos em textos completos, indexados nas bases de dados LILACS, SCIELO, MEDLINE e Revista Latino Americana de Enfermagem a partir dos DeCS “Vulnerabilidade Social, Doenças Sexualmente Transmissíveis, Gênero”. Para resposta a pergunta norteadora, utilizaram-se os seguintes critérios protocolados de eleição para 10 artigos: guardar relação direta com o objeto de estudo; informar a percepção das mulheres sobre seus determinantes de vulnerabilidade; ser um estudo transversal, descritivo de abordagem qualitativa, publicado no Brasil, em português, entre 2002 e 2008. RESULTADOS: A mulher, ao longo da história das civilizações, passou a desenvolver uma jornada tríplice de trabalho, isso potencializou sua participação no perfil epidemiológico da distribuição de doenças. A relação de gênero contribui com essa vulnerabilidade no que concerne a subalternidade da mulher ao ideário de superioridade masculina, tornando-a susceptível a comportamentos de risco. Os fatores determinantes para infecção por DST/AIDS incluem a falta de conhecimento das vias de transmissão e das formas preventivas; falta de uso do preservativo por recusa do parceiro (a); comportamentos sexuais desviantes do modelo monogâmico; credulidade e submissão feminina; dependência afetiva; autopercepção quase nula quanto ao potencial para infecção por DST/AIDS. Nessa perspectiva, é fundamental que as mulheres tenham adequada percepção de riscos e possam se reconhecer nas situações informadas. CONCLUSÃO: Percebe-se a importância do estudo das relações de gênero, como determinante social para se contrair DST/AIDS. Soleva-se que é fundamental a elaboração de estratégias preventivas para mulheres e homens, posto que ambos sejam partícipes da paradigmática vulnerabilidade feminina.