Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título CONHECIMENTO DO ENFERMEIRO SOBRE INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS EM PACIENTES INTERNADOS: UMA REVISÃO DE LITERATURA
Autores
HISLA SILVA DO NASCIMENTO (Relator)
VALDENICI FIRMO DE AGUIAR
JULIANA MARIA CAETANO NOGUEIRA
DAYZE DJANIRA FURTADO DE GALIZA
ANDRÉ SANTOS DA SILVA
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Interações medicamentosas (IM) ocorrem quando o efeito de um fármaco é modificado devido à administração simultânea de outra substância. Em pacientes internados, o risco de IM é iminente, uma vez que são prescritos e administrados vários medicamentos em mesmo horário, muitas vezes não havendo conhecimento e análise prévia pela enfermagem. OBJETIVO: Analisar produções científicas nacionais relacionadas ao conhecimento da enfermagem sobre IM, durante internação hospitalar. METODOLOGIA: Foi realizada uma revisão de literatura em artigos indexados nas bases de dados SCIELO, BVS e LILACS, utilizando os descritores interação medicamentosa, internação e enfermagem. Estabeleceram-se como critérios de inclusão, artigos publicados entre 2004 e 2012, relacionados aos descritores escolhidos bem como ao conhecimento de enfermagem sobre interações medicamentosas. RESULTADOS: Encontrou-se 278 artigos relacionados, destes 17 atenderam aos critérios de seleção. Predominaram as publicações de 2011 com total de 6 artigos (35,3%). Apenas 1 (5,9%) dos estudos foi realizado no Nordeste, enquanto a maioria, 8 (47%), ocorreram na região Sudeste. De todas as produções 12 (70.6%) objetivaram investigar a frequencia de IM em prescrições e revelaram que estas interações são agravadas pelo aprazamento simultâneo das medicações, decorrente da rotina estabelecida pela instituição. As pesquisas em UTI, identificadas em 5 artigos (29,5%), alertam para a necessidade de se prevenir IM em pacientes críticos submetidos a prescrições múltiplas. Os trabalhos analisados fazem entender que o conhecimento sobre IM, adquirido pelo enfermeiro durante sua formação, é insuficiente. Isto contribui para que as interações sejam mais frequentes e graves, podendo ocasionar piora no quadro clínico, maior tempo de internação e maiores custos com o tratamento. CONCLUSÃO: No estudo percebe-se a necessidade da atuação do enfermeiro na prevenção de IM no âmbito hospitalar, mas evidencia-se baixo conhecimento farmacológico sobre o assunto. Portanto, propostas de trabalhos multidisciplinares e sensibilização do enfermeiro para capacitações nesta área, bem como maior participação acadêmica nas pesquisas e estudos de casos clínicos, poderiam proporcionar mais segurança e efetividade farmacoterapêutica aos pacientes hospitalizados.