Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título PREVALÊNCIA DE ÚLCERA POR PRESSÃO EM PACIENTES COM LESÃO MEDULAR INTERNADOS EM UM HOSPITAL PÚBLICO DE TERESINA
Autores
JAIRO EDIELSON RODRIGUES BARBOSA DE SOUSA (Relator)
HADYEL FREITAS SILVA
SANDRA MARINA GONÇALVES BEZERRA
MARIA HELENA BARROS ARAÚJO LUZ
CECILIO SOARES RODRIGUES BRAGA
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: Vitimas de lesão medular (LM) apresentam perda parcial ou completa das funções motoras, sensitivas e neurovegetativas abaixo do local da lesão predispondo a ocorrência de úlcera por pressão(UPP), definida como área de necrose tecidual desenvolvendo-se quando um tecido mole é comprimido entre uma proeminência óssea e uma superfície dura por um período prolongado de tempo (NPUAP, 2007). O objetivo foi estimar a prevalência de UPP em pacientes com LM, caracterizando o perfil demográfico e clinico, avaliando o risco de desenvolvimento da UPP através da Escala de Braden, classificando a UPP quanto ao estadiamento e localização, discutindo as medidas dispensadas no tratamento e prevenção. METODOLOGIA: Estudo observacional de natura quantitativa, seccional, como cenário em um Hospital Publico de Teresina, no período de outubro de 2010 a fevereiro de 2011. A população foi de 39 pacientes, porém 7 recusaram e 1 foi a óbito, compondo uma amostra de 31 pacientes, tendo como critérios de inclusão ter lesão medular de qualquer etiologia e concordar em participar da pesquisa. RESULTADOS: Encontrou-se uma prevalência elevada de UPP 21(74,2%) com média de 1,55 úlceras por paciente, totalizando 48 úlceras. Predominância do sexo masculino (80,6%), com média de idade de 31,4 anos e faixa etária entre 21 e 30 anos (41,9%). O grau de instrução, 41,9% tinha o fundamental incompleto e 54,8% solteiros. 61,3% do interior do Estado, 48,4% pardos e 51,6% possuíam renda inferior a 2 salários mínimos. Acidente de transito a causa mais encontrada (51,6%) da LM, padrão regular de alimentação em 51,6%. 54,9% com incontinência fecal e 67,7% sondados vesicalmente. Destaca-se na Escala de Braden 96,8% de acamados ou cadeirantes, 41,9% completamente imobilizados, 58,1% com problema em relação a fricção e cisalhamento e 41,9% com alto risco para o desenvolvimento de UPP. Estadiamento e localização, empate entre o Estágio II e III (16,6%), a Região Sacral acometida em 43,7%. Medidas de prevenção e tratamento, percebeu-se que a mudança de decúbito de 2/2h era pouco realizada e o AGE a cobertura mais utilizada. 87% dos curativos realizados por técnicos de Enfermagem. CONCLUSÃO: Fica evidente a necessidade de buscar uma prevenção e tratamento adequados às UPP, especialmente aquelas de pacientes portadores de LM, em que suas funções motoras e sensitivas estão bastante prejudicadas, portanto mais susceptíveis ao desenvolvimento de UPP cujo o tratamento é mais prolongado e dificultoso.