Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título DISSEMINAÇÃO DO HIV: UM PROBLEMA ESQUECIDO PELA SAÚDE PÚBLICA
Autores
RAFAELLE TENÓRIO BEZERRA (Relator)
AMUZZA AYLLA PEREIRA DOS SANTOS
ALINE GOMES AMORIM
JULIANA GOMES BASTOS
MARIA VALQUÍRIA LOPES PEDROSA CHAGAS
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Pesquisa

Resumo
INTRODUÇÃO: A infecção pelo HIV parecia limitar-se a determinados “grupos de risco” compostos por homossexuais, hemofílicos e usuários de drogas, porém com o decorrer dos anos o vírus do HIV foi cada vez mais tomando espaços na população geral e “socializando” a sua possibilidade de ocorrência. Em poucos anos, a infecção pelo HIV transformou-se em uma pandemia, registrando 241.469 óbitos por Aids no país. Mesmo com índices alarmantes não se detêm ações aos grupos de riscos, simplesmente alertam sobre as práticas de risco. OBJETIVOS: Explicitar a lacuna existente no Sistema de Notificações Compulsórias (Sinan) perante a não notificação de portadores do vírus HIV, mostrando dessa forma uma maior propensão do risco de infecção. METODOLOGIA: Foram analisados 30 documentos organizados em ordem cronológica do ano de 1985 a 2011. A amostra é composta por artigos científicos, livros, banco de dados: Scielo, Ministério da Saúde, Bireme, Lillacs. RESULTADOS: A contabilização no Brasil dos novos números de Aids de 1980 até junho de 2010, registram 592.914 casos, sendo a incidência oscilante em torno de 20 casos por 100 mil habitantes. Sinal que comprova uma epidemia estável. Em 2009, foram notificados 38.538 casos da doença. O briefing do boletim epidemiológico de 2011 traz a estimativa de HIV (2006) de 630.000 infectados, sendo ela a de maior prevalência (0,61%) em pessoas da faixa etária entre 15 a 49 anos. Comprova que o coeficiente de mortalidade ocasionada pela Aids por 100.000 habitantes em 2010 permanece estável com 6,3 em relação a 2009. CONCLUSÃO: Advertir que as estatísticas de casos notificados no país referem-se apenas ao número de indivíduos que desenvolvem a doença (AIDS) e não a quantidade de indivíduos soropositivos para o HIV. Sendo apenas a AIDS uma doença de notificação compulsória. Esta brecha na saúde pública faz com que inúmeras pessoas não saibam que são portadores do vírus, e conseguintemente disseminadores do HIV e por consequentemente da AIDS. Isto nos remete a pensar a existência maior de portadores do HIV. Em suma a necessidade de notificar o HIV é mais que notória, para criar o verdadeiro retrato multifacetado dos portadores do vírus, já que os dados epidemiológicos irão servir de base para a criação e planejamento de políticas públicas de saúde, implementação das estratégias diagnosticadas, terapêuticas e preventivas, como também para a compreensão da causa da doença, ou seja, nos trará o real retrato multifacetado.