Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título SER MÃE E ESTUDANTE UNIVERSITÁRIA: SENTIMENTOS, PERCEPÇÕES E EXPECTATIVAS
Autores
NATASCHA ALVES DUARTE (Relator)
GEOVANA SAMARA DA SILVA CARVALHO
NATALIA COSTA DA ROCHA
JANE CRISTINA DOURADO PINATO
TATHIANNE ARAUJO LIMA
Modalidade Pôster
Área Determinantes de vida e trabalho
Tipo Pesquisa

Resumo
Uma gravidez é sempre uma “interrogação” na vida de toda e qualquer mulher, mesmo para aquelas que possuem uma boa condição financeira. No caso da jovem que é universitária e que não planejou tornar-se mãe naquele período de sua vida, as interrogações e apreensões parecem muitas; afinal, toda a sua rotina irá mudar a partir daquele momento. Este artigo visou apresentar os desafios da conciliação entre maternidade e vida acadêmica para jovens universitárias, apontando os sentimentos, percepções e expectativas. Trata-se de um estudo de natureza exploratória bibliográfica, utilizando-se de bibliografia impressa ou virtual, com apreciação sistematizada e qualitativa referente ao tema proposto. Conforme observado existem poucos estudos científicos sobre o assunto em questão. Em relação à notícia inicial da gravidez, as jovens sentem que podem decepcionar suas famílias, que acalentavam outras expectativas sobre suas vidas. Apesar de a família apresentar uma reação inicial de frustração, é também ela que funciona como um dos principais, senão o principal suporte emocional, prático e financeiro, quando uma jovem engravida ao longo de seu percurso formativo na universidade. Denotou-se que tornar-se mãe no contexto universitário nem sempre é fácil, pois a mulher vivencia incertezas, sentimentos ambíguos, medo, felicidade, tristeza, angústia, decepção, traição por parte do companheiro e nervosismo com a nova fase de sua vida. Nesse contexto, os sentimentos de frustração e fracasso são uma constante que pode levá-las a uma vida solitária, embora, no plano de suas aspirações, a vida em casal seja primordial assim como a conclusão do curso universitário. A literatura também apontou que as gestações das adolescentes estudadas foram vividas como um incômodo, um obstáculo, e mudaram radicalmente seus projetos de vida. Esse estudo revelou que, mesmo lidando com pessoas de um alto nível intelectual (universitários), ainda se faz necessária a implantação de políticas educacionais no âmbito da sexualidade, visando à orientação de jovens quanto às práticas sexuais, a fim de reduzir a incidência de DST/AIDS e gravidez indesejada nessa população; tornar os jovens mais responsáveis e mais atentos quanto aos cuidados com a saúde sexual deles e de seus parceiros e, imprescindivelmente, torná-los multiplicadores da saúde, com a dispersão de informações confiáveis e, assim, diminuir a exposição dos jovens a riscos que prejudiquem a saúde.