Anais - 15º CBCENF

Resumos

Título MORBIDADE EM IDOSOS HOSPITALIZADOS: ASSOCIAÇÃO ENTRE SEXO E DIAGNÓSTICOS
Autores
POLIANA DOS SANTOS OLIVEIRA (Relator)
LAYANE DE SOUSA LOPES
EDUARDO CARVALHO DE SOUZA
TÂMARA LETÍCIA LOPES DE SOUSA
ANA LARISSA GOMES MACHADO
Modalidade Pôster
Área Vulnerabilidade social
Tipo Monografia

Resumo
INTRODUÇÃO: A hospitalização é considerada de grande risco especialmente para as pessoas mais idosas. Como repercussões, a hospitalização é seguida, em geral, por uma diminuição da capacidade funcional e mudanças na qualidade de vida, muitas vezes, irreversíveis. OBJETIVOS: Objetivou-se investigar a associação entre o sexo e os diagnósticos que levaram aos óbitos de idosos hospitalizados. MÉTODO: Trata-se de um estudo caracterizado como documental, retrospectivo, cuja fonte de coleta de dados utilizou documentos de fonte primária. Optou-se pela abordagem quantitativa, de caráter analítico. A pesquisa foi desenvolvida em um hospital público de Picos/ PI, no período de março a dezembro de 2011, especificamente no Serviço de Arquivos Médicos e Estatística (SAME) do estabelecimento. Para a coleta de dados utilizaram-se 929 prontuários. O estudo obteve aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, com protocolo nº 0278.0.045.000-11. RESULTADOS: Nas idosas, os diagnósticos que mais tiveram como desfecho o óbito foram: insuficiência cardíaca (12; 26,1%), acidente vascular encefálico (9; 19,6%) e infarto agudo do miocárdio (7; 15,2%). No sexo masculino, os que mais ocasionaram óbito foram: acidente vascular encefálico (11; 23,4%), infarto agudo do miocárdio (7; 14,9%) e insuficiência cardíaca congestiva (5; 10,6%). Em ambos os sexos, entre os agravos que mais levaram os idosos ao óbito citam-se as doenças do aparelho circulatório. A transição epidemiológica brasileira apresenta um quadro de morbimortalidade em que as doenças cardiovasculares representam mais de 40% das mortes de idosos registradas no país. O Brasil apresenta a segunda maior taxa de mortalidade por acidente vascular encefálico no mundo, e esta é a maior causa de morte para os brasileiros acima de 65 anos. CONCLUSÃO: O estudo permitiu concluir que as causas mais freqüentes de internação na população idosa foram as doenças do aparelho circulatório, sendo que estas também causaram maior tempo de permanência na instituição e óbito. Essa constatação é preocupante e remete à necessidade de investimentos maciços na prevenção desses agravos no nível primário de atenção a partir de estratégias educativas que atinjam as pessoas que possuem doenças crônicas.Esse é o desafio que se apresenta aos profissionais e sociedade para que se possam observar atitudes positivas em relação à promoção de um envelhecimento saudável.